A Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em, nota, "pedem aos governantes para que o comércio seja parcialmente reaberto a partir do dia 1º de Maio, Dia do Trabalho, evidentemente obedecendo às devidas regras de segurança, para evitar que os efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já afetam a saúde de milhares de pessoas no Brasil, não se perpetuem na economia. Queremos comemorar o dia do trabalho trabalhando!"
Segundo as duas entidades, a paralisação do varejo, que deveria primeiramente se encerrar nesta quarta-feira (22), significa a não circulação de R$ 1 bilhão por dia, acarretando enorme prejuízo para a economia e pondo em risco a maior parte dos empregos e da renda dos trabalhadores de modo geral.
A crise que o Brasil atravessa exige grandeza, discernimento e coordenação por parte dos governantes, para que não ocorram contradições, desperdícios ou a imposição de maiores sacrifícios à população do que os inevitáveis, que já são extremamente fortes.
"A Facesp e a ACSP manifestaram apoio quando da implementação das medidas restritivas às atividades empresariais, mas alertaram na oportunidade que tais restrições deveriam ter o menor tempo possível de duração, considerando o impacto negativo da medida para as atividades econômicas e, principalmente, sobre os segmentos mais desfavorecidos da população. Solicitaram medidas do setor público para garantir a sobrevivência das empresas e a manutenção dos empregos, bem como para os que trabalham por conta própria e os informais. Alertam, agora, mais uma vez, sobre os grandes riscos decorrentes da prorrogação das restrições, tendo em vista as dificuldades enfrentadas por empresas e cidadãos após um mês de isolamento, e advertem para o risco de desorganização do sistema econômico, com o fechamento de empresas, aumento do desemprego, perda de renda e impactos sociais negativos sobre a saúde física e mental da população", diz o texto.
Ainda diz que "mais uma vez, as entidades colocam-se à disposição das autoridades para colaborar para o planejamento de uma saída organizada do isolamento com informações e posições, na medida que a condição do setor de saúde permitir. Os varejistas aplaudem as providências adotadas pelo governo federal para compensar os custos da paralisação das atividades, embora algumas ainda apresentem problemas para a efetiva implementação e não sejam suficientes para compensar as perdas impostas pelo governo do Estado ao funcionamento das empresas."
E encerram dizendo que "lamentam que até o momento não tenham sido atendidos os pleitos encaminhados às autoridades do estado e do município de São Paulo, com relação à suspensão do pagamento dos impostos."