Em 2 de junho, um trem expresso China–Europa, carregado com suprimentos médicos, equipamentos esportivos, entre outros, partiu do Parque Logístico Zhongding, em Shanxi, com destino a Paris, França. Esta é a primeira vez que a província de Shanxi abre um trem expresso China–Europa direto para França.
De acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China, no primeiro trimestre deste ano, foram enviados 1.941 trens de carga China–Europa, os quais transportaram 174.000 TEUs de mercadorias – um aumento de 15% e 18% respetivamente.
Em maio, o número total de trens de carga China–Europa atingiu 38 mil, transportando 3,4 milhões de TEUs de mercadorias e alcançando 151 cidades em 22 países europeus.
Há dez anos, o primeiro trem expresso China–Europa “Yuxinou” partiu de Chongqing, rumo a Duisburgo, Alemanha, a milhares de quilômetros de distância. Como resultado, o expresso abriu um novo capítulo na história do transporte ferroviário internacional e forneceu assistência para novas oportunidades de comércio entre a China e a UE.
Depois que a China apresentou a iniciativa Cinturão e Rota, em 2013, o desenvolvimento do expresso China–Europa entrou em rápida ascensão. Chengdu, Zhengzhou, Yiwu, Xi’an, Urumqi… cada vez mais cidades abriram rotas rumo à Europa. Nos últimos 10 anos, o Trem Expresso China–Europa ajudou os países ao longo da rota a se conectar e cooperar uns com os outros para uma situação ganha-ganha.
Comparado a outras alternativas, o expresso China-Europa tem vantagens abrangentes como segurança, velocidade, proteção ecológica e ambiental e menor impacto no meio ambiente, tornando-se um dos principais métodos de transporte terrestre de logística internacional. Os bens transportados são variados, incluindo roupas, bens de consumo diário, produtos eletrônicos, equipamentos mecânicos, produtos químicos, polpa de madeira, grãos, alimentos frios, equipamentos médicos, entre outros.
Crescimento na pandemia
A SAIC Fiat Hongyan Powertrain Co., Ltd. é uma joint venture sino-italiana, que produz principalmente motores diesel. As peças fabricadas pela marca são exportadas para a Europa através do expresso China–Europa. “Não esperava que a empresa tivesse seu melhor desempenho desde a fundação, em 2007, apesar da gravidade da situação pandêmica no ano passado”, disse Federico Gaiazzi, gerente-geral.
O Financial Times informou que, durante a pandemia, o mercado europeu teve forte demanda por produtos chineses, mas os repetidos atrasos no embarque e o aumento dos preços levaram muitos exportadores a optar pela estabilidade proporcionada pelo expresso China–Europa.
Durante a epidemia, as características de cooperação de benefício mútuo entre os trens expressos da China e da Europa emergiram. Não apenas serviram para entregar continuamente materiais de prevenção e antiepidemia, de produção e de necessidades diárias – escassos na comunidade internacional – para os países europeus, como também enviaram um grande número de produtos estrangeiros de alta qualidade para a China.
A China não é apenas uma “fábrica mundial”, mas também um “mercado mundial” com 400 milhões de consumidores de classe média. No shopping offline do expresso China–Europa, em Zhengzhou, província de Henan, muitos consumidores se acostumaram a comprar produtos importados. Leite puro alemão, chocolate belga, vinho francês… todos eles são bastante populares entre os consumidores. Nas ruas de algumas cidades, há até carros de luxo importados pelo trem expresso China–Europa.
Apesar do impacto da pandemia, o expresso China–Europa continua operando de forma ordenada, transmitindo o conceito de uma comunidade de destino compartilhado de assistência mútua, em prol da retoma do trabalho e produção e da reposição econômica dos países ao longo da rota, fornecendo uma cadeia de abastecimento para a cadeia industrial global. A estabilidade da China além do impulso, trouxe também novas oportunidades à recuperação e desenvolvimento da economia global.
Por Li Yan, Diário do Povo
Projeto especial Monitor Mercantil/Diário do Povo
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