Esta edição da coluna Empresa-Cidadã assinala a passagem do 22º ano de publicação ininterrupta. Ela é dedicada ao jornalista Acurcio de Oliveira, por sua visão de futuro, capacidade de liderança, com bom humor e pioneirismo neste tema, que tem se transformado com rapidez, hoje mais conhecido pelo conceito síntese de sustentabilidade.
Comprovando o dito do senso comum de que o fruto cai sempre próximo à árvore, Marcos de Oliveira assumiu esta cabeça de ponte no futuro.
A estatística dos 22 anos da coluna Empresa-Cidadã. Ah, a estatística… foram 1.038 posts, para 1.144 edições, pouco mais de 9% delas redigidas, portanto, por um interino que, misteriosamente, tem um texto (muito) melhor do que o do próprio titular.
Cerca de 1.286.682 palavras foram utilizadas ao longo desses 22 anos. Procuramos definir, criticar e compartilhar conceitos Procuramos mais; por pioneiros no tema e procuramos também por reações e respostas às demandas de adaptação e de ajustes das ferramentas que potencializem o conceito.
A primeira edição (“O melhor negócio do mundo”, publicada em 17 de janeiro de 2001) é um exemplo. Nela, o conceito empregado é o de Responsabilidade Social, considerando-se implícitas as três dimensões: ambiental, humana e empresarial.
Inicialmente, a coluna Empresa-Cidadã é uma iniciativa pioneira do jornal Monitor Mercantil (circulação ininterrupta desde 1912) no tratamento sistemático de assuntos referentes à responsabilidade social, à sustentabilidade, ao desenvolvimento sustentável, à ética nos negócios, ao fairtrade e às ações rumo às cidades criativas.
Como sempre, advertimos: atenção alérgicos, não contém glúten, nem açúcar adicionado e não cai no Enem, mas pode conter ironia. Manter fora do alcance das crianças e dos animais domésticos.
A coluna participou dos anos iniciais de alegria pueril. Chegou-se a pensar que os projetos seguidamente nela apresentados preencheriam o vazio do estado do bem-estar, política atropelada pelos dois choques do petróleo (1973 e 1979). Na-na-ni-na-não.
Soft law em quantidade. Lindos textos: Carta da Terra, reuniões de Cúpula (Estocolmo, Rio, Cochabamba que, ao contrário do que pode parecer significa “entre lagos”) com as correspondentes declarações finais, destaque para a Declaração de Durban (e Plano de ação correspondente com indicações para o combate ao racismo nas empresas e à xenofobia).
A RS, ou a RSA ou Sustentabilidade, ou Desenvolvimento Sustentável caminhou para a senda onde pode se alimentar (senda das estratégias de negócios empresariais) – Ray Anderson disse como (sem green wash).
Anne Leonard (A História das Coisas) denunciou, de forma didática e bem-humorada, os malefícios das deseconomias (externalidades negativas), como já o fizera Jorge Furtado (com Ilha das Flores).
A Academia aceitou o desafio e, de quando em quando, reúne-se para opinar sobre as letais mudanças climáticas, na mais densa concentração de cérebros por m². Empresários dão seus pitacos nas edições do WEF, alunos do Mankiw continuam jogando pingue pongue nos tempos de aula e la nave va. Ninguém se entende, mas todos sorriem a cada flash. O sorriso é de lei… Nesta época de invasões de prédios que abrigam os poderes da República, que falta faz o Marechal Henrique Teixeira Lott… É uma opinião…
















