OMS: uma em cada 10 pessoas pode ter contraído Covid-19

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Aproximadamente uma em cada 10 pessoas pode ter sido infectada com o novo coronavírus, deixando a grande maioria da população mundial vulnerável à Covid-19, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira.

Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS, disse ao Conselho Executivo da agência que os surtos da infecção estão aumentando em partes do Sudeste da Ásia, além de os casos e as mortes estarem subindo em áreas da Europa e na Região Leste do Mediterrâneo.

"Nossas melhores estimativas atuais nos dizem que cerca de 10% da população global podem ter sido infectadas por esse vírus. Varia dependendo do país, varia de urbano a rural, varia dependendo de grupos. Mas o que isso significa é que a vasta maioria do mundo continua em risco", disse Ryan. "Estamos entrando em um período difícil. A doença continua a se espalhar."

A OMS apresentou às autoridades chinesas, para consideração, uma lista de especialistas para fazer parte de uma missão internacional à China a fim de investigar a origem do novo coronavírus, afirmou o especialista.

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No Brasil, começam hoje os ensaios clínicos com a vacina BCG, usada contra a tuberculose, para verificar a prevenção também contra a Covid-19. O trabalho será conduzido pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e pelo Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran, no estado de São Paulo.

A iniciativa é da RedeVírus, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e conta com investimentos de R$ 1 milhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, disponibilizados pela Financiadora de Estudos e Projetos. Participarão do ensaio mil profissionais da saúde. A Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz também está desenvolvendo ensaios clínicos com a BCG contra o vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Fernanda Mello, que é professora de Tisiologia e Pneumologia do Instituto de Doenças do Tórax da UFRJ, os estudos buscam responder se a vacina ajuda na prevenção da infecção e na ocorrência de formas graves da Covid-19.

"Ao avaliarmos o efeito da vacina BCG entre profissionais de saúde, esperamos verificar seu potencial para evitar o adoecimento e as formas graves da doença entre eles, que representam o braço operacional da linha de cuidado aos pacientes com Covid-19. A manutenção desta força de trabalho é fundamental para que seja garantido o melhor cuidado aos portadores do novo coronavírus".

A vacina BCG, cuja sigla vem de bacilo Calmette–Guérin, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e, no Brasil, é obrigatória para recém-nascidos desde 1976, devendo ser tomada até os quatro anos de idade. O imunizante protege crianças de até cinco anos das formas mais graves da tuberculose. A investigação para verificar a eficácia da BCG também contra o novo coronavírus se baseia na hipótese de que países que mantém o uso da vacina apresentaram menor incidência de Covid-19, quando comparado com países que suspenderam o uso universal, como EUA, Espanha e Itália. Segundo a Fiocruz, pesquisadores australianos verificaram que a BCG funciona contra outras infecções respiratórias virais.

 

Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters

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