“O dia 31/03 não comporta a exaltação de um golpe que lançou o país em anos de uma ditadura violenta e autoritária. Ao contrário: é momento de exaltar o valor da nossa democracia conquistada com suor e sangue. Viva o Estado de Direito”. Assim, o ministro Gilmar Mendes se manifestou pelo Twitter de que o” momento é de valorizar a democracia no país.”
Na mesma rede social, o ministro Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que o período foi marcado por censura aos meios de comunicação e “regras eleitorais manipuladas”.
“Só pode sustentar que não houve ditadura no Brasil quem nunca viu um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado. Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias”, escreveu Barroso.
O novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, logo após anunciar nesta quarta-feira os novos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, destacou a defesa das liberdades democráticas como uma das principais missões das Forças Armadas brasileiras.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) surpreendeu até os próprios militares nos últimos dias ao trocar o comando do Ministério da Defesa, antes chefiado pelo general Fernando Azevedo e Silva, , ao indicar Braga Netto, então ministro da Casa Civil, e ordenar trocas no comando das três instituições militares.
Na sua primeira Ordem do Dia, mensagem com leitura obrigatória nos quartéis, Braga enalteceu o regime que levou o país a quase três décadas sem liberdades democráticas plenas. Responsabilizou a Guerra Fria que “envolveu a América Latina, trazendo ao Brasil um cenário de inseguranças com grave instabilidade política, social e econômica. Havia ameaça real à paz e à democracia”.
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