Atualmente são necessárias 400 horas para se aprender ortografia. A afirmação é do professor de Língua Portuguesa e líder do Movimento Acordar Melhor, que aponta as incoerências do Novo Acordo Ortográfico, Ernani Pimentel. Segundo ele, é preciso fazer mudanças das quais se economizará tempo e dinheiro. “Seria necessário somente 100 horas para se ensinar ortografia caso se elimine as exceções e as duplas grafias. Além disso, se gastaria menos com papel para se escrever uma gramática ou um dicionário”, afirma.
Incômodo
As reações histéricas provocadas pela ação de Brasil e Turquia junto ao Irã devem ser lidas, menos por resultados concretos, do que pelo que revelam e projetam sobre o futuro de um planeta em que a única potência hegemônica, se ainda não encontra um adversário direto à altura, também não consegue impor na totalidade seus desejos. Embora os resultados de curto prazo não sejam desprezíveis, a intervenção dos dois países tem significado bem mais amplo: revela que a configuração do mundo pós-II Guerra Mundial estiolou-se.
Países que ocupam, na ONU e em outras instituições que, em tese, deveriam ser multilaterais, como FMI e Banco Mundial (Bird), estão sobre-representados em relação ao seu peso relativo atual. E que outros atores em ascensão passam a considerar ocupar esses espaços. Por isso, é compreensível a reação dos que perdem espaço, em particular, daquele que se considera o xerife do mundo, bem como a reverberação desse temor pelo setor colonizado da imprensa tuniquim.
Tais arreganhos, no entanto, devem ser vistos mais como manifestações de fraqueza e incômodo do que sinalizações de recomposição de forças. Afinal, já nos ensina a filosofia, as novas idéias não se impõem às antigas, por uma licenciosidade destas, mas por sua própria força. Por isso, a principal lição da nova abordagem em relação ao Irã é que a aplicação de sanções ao país, como parte de um processo para nova aventura belicista, caso venha, efetivamente, a ocorrer, vai ampliar o isolamento dos Estados Unidos em relação ao resto do mundo e aprofundar as divisões internas, incluindo seu próprio governo. Também indica que crescem as razões e os espaços políticos para o exercício e o aprofundamento de estratégicas afirmativas em sintonia com os interesses de um mundo multipolar, cuja marcha já se encontra em desenvolvimento e virá, com o apoio o não, do Tio Sam.
“Mulheres de Bronze”
A Rádio Nacional, palco dos grandes programas de radioteatro, é o local escolhido para lançamento de A Era do Radioteatro (Gramma Editora,340 páginas), que conta a história do gênero que criou gerações de atores, produtores e músicos. Contendo relatos de artistas, histórias e fotos de época, é produto de uma pesquisa feita, durante dez anos, por Roberto Salvador, um professor universitário que começou a carreira em rádio, aos 13 anos, em programas da Rádio Nacional. O lançamento será dia 31, a partir de 17 horas, na Praça Mauá, 7 -21º.andar (Rio de Janeiro). O título desta nota é o nome da primeira novela de rádio, levada ao ar pela Tupi em 1937.
Destaques nos custos
O Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (Ibec) comemora 32 anos em solenidade nesta quarta-feira, às 19h, no auditório do Clube de Engenharia. A Christiani Nielsen Engenharia receberá o título de “Empresa Destaque em Engenharia de Custos 2010” e Jeferson Faria Vianna (Transpetro), Jorge Willian Ferreira Teixeira (Emop) e Nelson Castello Branco Rodrigues (PCRJ) receberão o título de “Engenheiros de Custos do Ano”.
Óculos virtuais
Escolher lente e armação de óculos com auxílio do computador é o que oferece a tecnologia Visioffice, da multinacional francesa Essilor, fabricante das lentes Varilux. Através do aparelho é possível visualizar na tela do computador imagens simultâneas com opções de lentes e armações projetadas no perfil do usuário. A partir de uma foto de rosto completo, em menos de 20 segundos são apresentados na tela os resultados.
Histórias da imprensa
Depois de escrevinhar a imprensa nacional do século XX, em História Cultural da Imprensa: Brasil – 1900-2000, lançado em 2007, a professora Marialva Barbosa apresenta, nesta terça-feira, às 19h, na Livraria Travessa de Ipanema, a História Cultural da Imprensa – 1800-1900, agora tratando do jornalismo nacional no século XX. Saudado por intelectuais como Muniz Sodré, José Marques de Melo, Jean-Yves Mollier, Mirta Varela e Celia del Palacio, o livro oferece revelações instigantes, como o capítulo sobre os escravos e a leitura, numa “história viva e vibrante”, como assinala o jornalista Marco Morel, autor do prefácio. A Travessa fica na Visconde de Pirajá 572, que, pelo prestígio da autora, deve ter casa cheia.