Ações norte-americanas vão bater recordes

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O Goldman Sachs elevou as estimativas para o S&P500, antecipando que as ações norte-americanas vão continuar a subir depois de atingirem máximos históricos, com o índice terminando este ano em nos 3.600 pontos, uma forte previsão, pois o objetivo anterior era de 3.000 pontos, que há muito foi já superado. A nova estimativa da instituição indica que Wall Street vai atingir máximos históricos e continuar a subir até ao final do ano, prolongando assim o rally que já regista desde os mínimos atingidos durante o início da pandemia.

O S&P500 fechou a passada sexta-feira nos 3.372,85 pontos, a escassos pontos dos máximos históricos atingidos a 19 de fevereiro (3.393,52 pontos) e já mais de 50% acima dos mínimos registados em março, mês em que os mercados afundaram em todo o mundo devido à pandemia da Covid-19. Os analistas do Goldman Sachs nesta previsão citam o otimismo com a recuperação mais rápida da economia norte-americana e as expetativas reforçadas de que em breve será desenvolvida uma vacina eficaz contra a Covid-19. Os últimos meses demonstraram que as cotações das ações dependem não só das expetativas de resultados futuros, mas também da taxa a que esses resultados são descontados para o presente.

Os técnicos enfatizam que o prêmio de risco das ações vai ter uma relevância superior à subida das yields das obrigações, o que, combinado com a previsão para os lucros por ação acima do consensus do mercado, vai elevar o S&P500 até aos 3.600 pontos. O timing da disponibilização da vacina e o ritmo de recuperação da economia tendo em conta a evolução da pandemia são os principais riscos para a estimativa do Goldman Sachs, que não é o único banco de Wall Street a ter uma previsão otimista de alta para o mercado de ações. O JPMorgan também aconselhou os clientes a manterem uma postura bullish nas bolsas norte-americanas, apesar da forte valorização recente e do risco relacionado com as eleições.

 

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Buffett vende banco e compra mineração

A Securities and Exchange Commission comunicou que, quase no final do pregão da última sexta-feira, Warren Buffett vendeu uma quarto de sua posição no banco norte-americano Wells Fargo e 61% do concorrente J.P. Morgan e adquiriu uma nova posição de ações da mineradora de ouro Barrick Gold. Como as transações do megainvestidor são sempre acompanhadas com atenção, todos ficaram confusos e sem saber se essa foi uma operação contra o sistema econômico dos Estados Unidos.

Aparentemente, Buffett mostrou falta de confiança nos bancos, trocando os papéis dessas instituições pelas ações de outros setores. A Berskshire vendeu 85,6 milhões de ações que detinha no Wells Fargo – cerca de 26% – reduzindo a sua participação de 5,3% para 3%, retirando também 61% da sua posição no JP Morgan, através da venda de 35,5 milhões de ações. Para além dos bancos, a empresa desinvestiu também na PNC Financial Services. E ao mesmo tempo, passou a deter uma participação na norte-americana Barrick Gold, com cerca de 21 milhões de ações avaliadas em US$ 563 milhões. Buffett assumiu que tem estado enganado este tempo todo, pois as taxas de juro vão estar negativas por muito tempo. É melhor ter ações, alguma coisa sem ser títulos de dívida.

 

Construtora para se livrar de subsidiária

A construtora EZtec Empreendimentos e Participações pediu registro para oferta pública inicial de ações da subsidiária EZ Inc Incorporações Comerciais. Segundo fato relevante, a assembleia de acionistas aprovou a oferta e também a adesão da EZ Inc ao Novo Mercado da B3. Então, rapidinho, os analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação da Eztec de “neutra” para “compra”, levando em consideração o desempenho recente do papel, que registra uma queda no acumulado do ano acima do Ibovespa e não foi tão grande assim, 26% contra 15% do índice. O preço-alvo foi elevado de R$ 49 para R$ 51 por ação.

Para o Credit, a dinâmica da Ezctec mudou, uma vez que divulgou lançamentos para o segundo semestre e fez o pedido de registro para IPO da EZ Inc. “Os principais riscos são uma recuperação pior que o esperado na demanda do segmento de média renda; aumento rápido de preços dos terrenos em São Paulo; e dificuldade de venda de estoques”, avaliaram, em relatório a clientes, os analistas do Credit Suisse. As ações da companhia subiram na abertura por causa da tola análise do banco suíço, mas depois registraram perda de 1,36%.

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