73% dos consumidores percebem aumento nos preços dos alimentos após enchentes no RS

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Arroz nos supermercados
Arroz nos supermercados (Foto: Reprodução Internet)

 As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul há cerca de quatro meses não apenas devastaram comunidades, mas também geraram consequências econômicas em praticamente todos os estados brasileiros com a alta nos preços dos alimentos e as mudanças no comportamento dos consumidores. Uma pesquisa recente, conduzida pela Pluxee, empresa de benefícios e engajamento para colaboradores, revela como esses eventos climáticos extremos impactaram o cotidiano das famílias. Com uma amostra de 5.633 participantes que utilizam cartões de benefícios da Pluxee, a pesquisa revela que dois terços dos respondentes perceberam aumento nos preços dos alimentos em suas regiões após a tragédia.

O setor de grãos como arroz, soja, milho e afins teve a maior percepção de alta nos valores, com 84%. Em seguida entram os itens de hortifruti como frutas, legumes e verduras com 40%; o setor de proteínas (bovina, suína, aves) com 30%; e óleo de cozinha, com 19%.

Luiz Louzada, diretor Comercial Corporate da Pluxee analisa que “esse aumento expressivo nos preços dos produtos está diretamente relacionado aos desafios logísticos e à perda de colheitas enfrentados pelos agricultores gaúchos. A situação tem gerado uma pressão significativa no orçamento das famílias brasileiras.”

Mudança de hábitos

Em resposta a esses desafios e à escalada de preços, a pesquisa aponta mudanças significativas nos hábitos de compra das pessoas. Cerca de 34% dos consumidores estão pesquisando preços em mais locais antes de comprar, enquanto 32% estão aproveitando mais as promoções e ofertas. Outros 32% afirmaram estar comprando menos alimentos no geral, 23% optam por alimentos mais baratos, mesmo que de qualidade inferior e, ainda, 11% estão adquirindo produtos em atacado como forma de economizar.

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“Estamos observando uma tendência clara de mudança nos hábitos de compra, impulsionada pela necessidade de adaptar-se à nova realidade econômica. As famílias estão priorizando a compra de alimentos essenciais e buscando novas estratégias para manter o poder de compra em meio a esse cenário desafiador,” complementa Luiz.

Apesar dos desafios, a união entre os povos tem feito a diferença. Um dado relevante da pesquisa mostra que além dos serviços voluntários em ações locais, ao menos 54% dos entrevistados contribuíram com doações para a população gaúcha afetada, e 50% estão priorizando a compra de alimentos produzidos no Rio Grande do Sul como forma de contribuir para a recuperação do estado.

“À medida que o Rio Grande do Sul se reergue, os consumidores continuam a desempenhar um papel de grande importância solidária, mostrando que ações de consumo conscientes, o fortalecimento das redes de apoio e a empatia são fundamentais em tempos de crise”, finaliza Louzada.

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