A Atlantic Rating entrega amanhã o prêmio Melhor

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Transparência para os bancos que se destacaram na apresentação dos balanços referentes ao último exercício. A empresa especializada no acompanhamento das atividades do setor bancário analisa o grau de abertura dos dados e a clareza e o detalhamento dos demonstrativos financeiros em sete categorias: público, varejo, negócios, rede, estrangeiro, crédito e tesouraria. O importante é que a premiação indiretamente fornece grande subsídio à enfraquecida CPI dos bancos ao revelar que nenhuma instituição nacional ou estrangeira conseguiu preencher o quesito transparência na categoria tesouraria.

A tesouraria é a caixa preta do setor bancário, principalmente dos bancos de investimentos. Dela saem os recursos para a participação nos movimentos especulativos que tantos prejuízos causam ao País. Se nenhuma instituição foi premiada é porque os seus balanços não forneceram informações claras e detalhadas sobre o volume de adiantamento de contratos de câmbio (ACCs), fundos administrados, o índice de Basiléia, que mede o grau de alavancagem, e a abertura das carteiras de crédito. E isso só acontece, devido a decisão do Banco Central de desobrigar as instituições financeiras do fornecimento de tais informações.

A cada dia, aumentam as dúvidas dos brasileiros em relação ao acúmulo de atividades do Banco Central. Para qualquer leigo fica difícil entender como uma fiscalização eficiente pode ser realizada por órgão que não quer tomar conhecimento de determinados fatos. Como não se sabe se a Folha de S.Paulo, abordará o assunto, o jeito é torcer para que o espírito de Torquemada desencarne do senador João Alberto. Somente assim, o relator da CPI colocará em segundo plano a sua busca pela condenação de Cacciola e seus amigos à fogueira e dirigirá os trabalhos para os assuntos que realmente interessam à Nação. O Brasil jamais recuperará o dinheiro perdido. Em compensação, o importante é impedir que algumas instituições financeiras tenham fáceis ganhos no futuro.

Retornando aos premiados da Atlantic Rating. O Banco do Brasil foi escolhido como o melhor entre os bancos públicos. Tal escolha nessa categoria restrita, no entanto, surpreende se levarmos em consideração a comparação do BB com bancos que demoram a divulgar os resultados. Neste ano, o Banco do Brasil disputa com a Siderúrgica Nacional o Prêmio Mauá e com a Gerdau o Prêmio Abamec. O trabalho desenvolvido por Carlos Gilberto Caetano transformou a instituição numa das mais transparentes empresas abertas brasileiras.

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O Itaú foi o escolhido na categoria banco de varejo. O prêmio de maior transparência na categoria negócios foi para o francês CCF. Na categoria rede (banco com menos de 100 agências) ganhou o Boavista Interaltântico. Entre os estrangeiros, quem publicou o balanço mais transparente foi o Deutsche, segundo a Atlantic Rating. Na categoria crédito, o prêmio foi para o Banco Sofisa.

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