A boiada foi pro brejo

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Ricardo Salles (foto reprodução Twitter)
Ricardo Salles (foto reprodução Twitter)

Ricardo Salles deixa o Ministério do Meio Ambiente por seus próprios deméritos, da mesma forma que lá chegou. Alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), também foi investigado – e condenado em primeira instância – em São Paulo por abordagem heterodoxa na área ambiental. Além disso, seu Imposto de Renda exibiu uma contabilidade criativa que permitiu multiplicar por dois o valor de um imóvel.

Não faltará quem diga que a Operação Akuanduba, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e que atingiu severamente o agora ex-ministro, teve início nos Estados Unidos. Para esses, Salles contrariava os interesses estrangeiros na Amazônia travestidos de políticas ambientais. Usando uma imagem do Rio de Janeiro, não será a milícia que combaterá o tráfico de drogas. A cobiça de outros países não será combatida apoiando grileiros, madeireiros e garimpeiros.

Salles ficou marcado pela reunião ministerial no Planalto em que uniu oportunismo com falta de sensibilidade ao propor “aproveitar” a pandemia para “passar a boiada”. O boi do ex-ministro foi para o brejo. Mas há poucas esperanças de que seu sucessor, antigo integrante da Sociedade Rural Brasileira (SRB), fará diferente. Afinal, o chefe é quem manda, e os demais obedecem.

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