A caminho do interior

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A grande unidade da Federação brasileira que a fusão dos antigos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara gerou só realizará plenamente a sua vocação de pujança econômica quando reduzir a excessiva concentração produtiva na Região Metropolitana do Rio.
Afinal, aqui se encontram 85% da produção nacional de petróleo, 40% por cento do gás, a totalidade da energia nuclear, além de um notável histórico na lavoura de cana-de-açúcar, hoje valorizada pela nova relevância estratégica do álcool combustível.
Tais circunstâncias, mais tantos outros itens do nosso potencial, formam um cenário altamente favorável ao crescimento sustentado do estado.
Mas a indesejada concentração não poderá prevalecer. A Região Metropolitana do Rio representa 77% do PIB estadual, congrega 76% de seus habitantes e representa 91% da arrecadação do ICMS. Sua capacidade de crescimento econômico e de geração de empregos se acha, hoje, extremamente limitada.
A superação desse poderoso obstáculo ao crescimento da economia do Estado deverá propiciar um verdadeiro salto de escala em seu desenvolvimento e trazer a irrigação da riqueza por todo o território do Rio de Janeiro.
A conjugação de esforços na formulação de políticas e ações que promovam, de forma efetiva, a interiorização do desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, tem sido defendida por este jornal ao longo dos anos.
Com a descentralização da geração de riquezas e de empregos, conseguiremos reduzir as desigualdades regionais e pessoais, manter a população em suas terras e municípios, aprimorando sua quali-dade de vida e, por consequência, a dos grandes centros, ao estancarmos a migração do interior e da área rural para os mesmos.
Temos todas as condições para acreditar na viabilidade dessa perspectiva.
 

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