Colocar a desigualdade como um dos temas prioritários nas discussões sobre economia global. Esta é uma das tarefas do grupo de trabalho sobre Economia Global do G20, que se reúne nesta quinta e na sexta-feira, por videoconferência, que será realizada na sede do G20, em Brasília. O Brasil assumiu, por um ano, a presidência do grupo dos 20 países mais ricos em 1º de dezembro de 2023.
No relatório Desigualdade S/A, divulgado nesta segunda-feira (15), a ONG britânica Oxfam defende a importância do papel do Brasil, na liderança do G20, para combater a crescente concentração de riqueza. A Oxfam propõe três eixos principais: revitalizar o Estado; regular as corporações; e reinventar os negócios.
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O Grupo de Trabalho sobre Economia Global do G20 tem a coordenação do Ministério da Fazenda e do Banco Central do Brasil. A presidência do Brasil terá quatro prioridades. A primeira delas, que é o tema da desigualdade, será levada para debate no fórum das maiores economias do mundo para ser analisada sob o ponto de vista macroeconômico, e não como questões particulares dos países.
Os trabalhos também estarão centrados em enfrentar as desigualdades a partir das políticas públicas para transição sustentável justa. Outra proposta é criar espaços fiscais de apoio ao investimento público e privado para o desenvolvimento socioeconômico; e ainda incluir a desigualdade e as questões climáticas nas ações de monitoramento dos riscos à estabilidade global, que é um tema estrutural do G20.
O grupo de trabalho sobre Economia Global também tem como objetivo antecipar as crises econômicas e seus impactos no mundo, e com isso buscar possibilidades para enfrentar situações de ameaça à estabilidade global. Ao apresentar a redução das desigualdades como um objetivo da presidência brasileira do G20, o Brasil aponta novas possibilidades para os debates dos países-membros durante 2024.
As próximas reuniões do grupo de trabalho estão previstas para março, abril, junho e setembro, dentro do calendário de atividades programadas para serem realizadas no Brasil.