A gourmetização das praias cariocas

Eduardo Paes coloca bodes nas praias cariocas; movimento vai na direção da elitização e da busca da direita nas eleições de 2026

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Ambulante na praia, praias cariocas
Ambulante na praia (foto de Fernando Frazão, ABr)

O decreto do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com uma série de restrições nas praias cariocas pode ser dividido em 2 partes: os bodes na sala (caso da proibição de música ao vivo e de uso de garrafas nos quiosques fora da areia) e a intenção de elitizar o uso de um espaço livre e democrático.

O prefeito lança uma série de proibições, entre elas a que impede “o uso indevido da área pública com estruturas fixas ou móveis de grandes proporções sem autorização”. Ou seja, a privatização de um trecho da praia pela parceria Havaianas–Copacabana Palace, em frente ao hotel, será possível desde que consiga a “autorização”, um passo para os terríveis “beach clubs” que infestam de Ibiza a Cancún.

Paes, que sempre cultivou uma imagem de “carioca raiz”, frequentando botecos e escolas de samba, contrasta com o decreto. Mas, como ele mesmo mencionou em discurso, será candidato “em eleições próximas”. A elitização das praias cariocas vai na mesma balada da Guarda Municipal armada, maquiagem voltada à Zona Sul – já que não agirá, até por questão de autopreservação, em áreas dominadas pelo tráfico ou milícia, que são justamente aquelas em que o poder de polícia é mais necessário.

Ao adotar o discurso da lei e da ordem (de forma parcial), Paes se cacifa para ser o candidato a governador da “direita que come de garfo e faca”. Um caminho seguro para levar uma surra nas urnas da direita que não se envergonha de suas posições antidemocráticas e elitistas.

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Bode

Diante da reação dos trabalhadores e empresários da orla carioca e dos vereadores, Eduardo Paes deve tirar o bode da sala.

Da declaração à ação

Foi preciso uma pressão efetiva – o Reino Unido congelou negociações comerciais – para Israel permitir a entrada 100 caminhões com mantimentos para a população de Gaza; o número é apenas 1/5 do que chegava a Gaza antes do cerco israelense.

Se os demais países que criticam a ação genocida na região não estiverem apenas jogando para a galera, precisam adotar ações semelhantes.

A União Europeia parece disposta a rever seu acordo comercial com Israel devido às violações de direitos humanos em Gaza, disse a principal diplomata da UE, Kaja Kallas, nesta terça-feira. Ela garantiu que uma “forte maioria” dos ministros das Relações Exteriores da UE reunidos em Bruxelas apoia a medida.

Rápidas

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