A História das relações públicas e sua importância atual

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“Ninguém consegue triunfar se a opinião pública está em seu desfavor. Com a opinião pública a seu lado , ninguém é derrotado.” Abraham Lincoln

A frase é antiga mas o sentido nunca foi tão atual. Engana-se quem atribui as Relações Públicas aquela imagem de evento, cerimonial ou à figura do representante de vendas. A atividade já é muito antiga e tem acompanhando reis, imperadores, políticos e grandes empresários sob outras alcunhas: conselheiro, ou como preferir “assessor”.
Apesar de existir desde os primórdios da Humanidade em sua essência, a atividade de Relações Públicas (promover o diálogo entre os vários públicos) tomou um formato e ganhou nomenclatura a partir da idéia inicial de Ivy Lee, que abriu os olhos dos empresários norte americanos do capitalismo selvagem no início do século 20. Sob protestos da comunidade que não se contentava em pagar de seu bolso a infeliz declaração de um destes primeiros barões do livre mercado ( O público que se dane!) , este jornalista implantou uma nova ótica de correção da atitude para com a Opinião Pública e de divulgação de informações favoráveis às empresas, para a imprensa informativa, e não via matéria paga .
No Brasil do início do século XX , as RP surgiu primeiramente em São Paulo, com o 1o Departamento de Relações Públicas, instituído pela São Paulo Light – Serviços de Eletricidade.
Mas somente em 1954 surgia a ABRP – Associação Brasileira de Relações Públicas. A profissão de RP foi devidamente disciplinada, pela lei 5377, de 11 de dezembro de 1967 e aprovada pelo Decreto 63 283 de 26 de setembro de 1968. E no dia 04 de maio de 1972, pelo decreto Federal no 68.582 é regulamentada a profissão, criando-se o Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas – CONRERP ( Romildo Fernandes , um dos fundadores e diretor da ABRP em “R.P. A Arte e a Ciência de Negociar com as Pessoas”)
O progresso chegara rapidamente e os meios de comunicação ainda eram incipientes para um Brasil tão grande. As empresas encontravam dificuldades em se aproximar, pois as grandes companhias começavam a dar lugar a núcleos que repartiam as várias fases de uma produção entre si, promovendo uma segmentação e sua conseqüente interdependência. Uma das primeiras empresas de RP, brasileira e que se mantém no mercado até hoje é, a Grunase – Grupo Nacional de Serviços, fundada em 1968, fruto de um sonho de José Maria Eymael: aproximar empresas entre si, promovendo um relacionamento comercial.
O resultado era satisfatório para ambas as partes porque a empresa visitada ficava sensibilizada pelo fato de a outra, para tratar de negócios, utilizara os serviços de uma firma especializada.
Depois de 30 anos muita coisa mudou mas as necessidades continuam as mesmas. Chegaram as inovações tecnológicas, o computador aproximando as empresas via internet e as RP continuam sendo fundamentais para a manutenção da imagem frente a Opinião Pública. Antes o motivo que levava a sociedade à cobrar um posicionamento político por parte das empresas e sua transparência era, puramente o exercício da cidadania . Hoje, juntamente com essa iniciativa surge uma preocupação muito mais urgente porque acabou o tempo entre o fato e o conhecimento do fato, do ponto de vista do cenário significa que não há paredes protegendo o fato do conhecimento dele.
A imagem passa então a ser tratada não mais de forma superficial, mas antes como um processo resultante de várias transformações na base de todo o esqueleto da organização. A busca pela qualidade total, a humanização do trabalho, o planejamento estratégico começam a fazer parte da construção da marca, do conceito.
Esta nova fase tem acarretado em benefícios ao consumidor e ao próprio trabalhador, que se envolvem com a empresa, de forma favorável e prazerosa, tornando essa relação uma parceria fiel e duradoura. A confiança exige o constante diálogo. O cidadão pode atualmente participar da empresa e vice-versa. A era da Responsabilidade Social das empresas vem a concretizar esse laço em ações que unem em iniciativas de um lado quem pode ajudar e de outro, quem precisa ser ajudado.
Dessa forma as RP reaparecem com força neste quadro, apoiando o Marketing como estratégia principal para o conhecimento do querer humano e como aproximar o conceito deste querer, apostando em novas linguagens, na criatividade do novo relacionamento que extrapola o nível produto/serviço-consumidor.

Julianna Santos Gomes
Relações Publicas da Grunase – Grupo Nacional de Serviços.

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