A Cia. Industrial Santa Matilde inaugurou o complexo industrial de Três Rios na década de 60, assumindo uma liderança no Brasil na área de fabricação e reparos não só de vagões de carga , como também de trens de Unidade-Elétricas, desenvolvendo e trazendo do exterior, através de acordos, tecnologia e equipamentos de ponta para a execução de projetos de transporte de cimento, graneleiros e passageiros. Na década seguinte, a Santa Matilde aumento sensivelmente as suas atividades, passando a produzir equipamentos agrícolas, defensas rodoviárias, estruturas metálicas, torres de transmissão, ônibus, tratores, automóveis e ainda produtos em fibra de vidro, realizando serviços de calderaria leve e pesada: usinagem em geral e fabricação de peças de reposição para os setores ferroviário e agrícola. A venda desse colosso fabril terá duas etapas e tem á frente o leiloeiro Luiz Tenório de Paula. Interessados na compra têm até a outra quinta-feira, dia 12, às 13 horas,para entregar proposta fechada no Cartório da Primeira Vara, que fica na Av. Tenente Enéas, 42, 2º andar, no Fórum daquela cidade.
A cidade de Três Rios, pertencente ao Estado do Rio de Janeiro, está localizada na região industrial do médio Paraíba , cercada ao norte pelos municípios de Simão Pereira, Chiador (estes dois mineiros) e Levy Gasparian, a leste por Sapucaia, a oeste por Paraíba do Sul e ao sul por Areal, todos fluminenses. O clima de lá é mesotérmico, com verão quente e chuvoso, vegetação rasteira, capoeira e mata atlântica. A referência mais remota sobre o território do Município de Três Rios data do início do século XIX, numa concessão de terras de sesmaria no sertão entre os rios Paraíba e Paraibuna. Esta área foi identificada como “Entre-Rios e aí surgiram cinco fazendas: a Cantagalo – a mais forte delas -, e as da Boa União, da Rua Direita, Cachoeira e Piracema, estas dependentes da primeira. No ano de 1861 foi inaugurada a Rodovia União e Indústria e em volta da pequena estação rodoviária local (Estação de Entre-Rios) desenvolveu-se um pequeno povoado que passou a ser conhecido pelo mesmo nome. Em 1867 os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II chegaram à região incentivando o progresso do povoado, já reconhecido como importante entroncamento rodo-ferroviário. Em 1938, século XX, o distrito de Entre-Rios conseguiu a sua emancipação político-administrativa e o novo município foi instalado em 1939. A partir de 1943 a cidade ganhou o nome atual de Três Rios, numa clara alusão aos três mais importantes rios que cortam o seu território. Três Rios ocupa a décima posição no ranking de qualidade de vida deste Estado, composto de 91 municípios, de acordo com o índice de qualidade baseado em pesquisa da Fundação Cide.
A segunda parte da alienação da Santa Matilde está marcada para o dia 18 deste julho, às 13 horas, no salão do Tribunal do Júri do Fórum de Três Rios, quando serão abertas as propostas de compra em audiência pública. Luiz Tenório de Paula esclarece qualquer dúvida sobre os lotes e preços – já fartamente divulgados – pelos tels (21) 2524-0545 e 2220-4217. Quem dá mais?
Pela melhor oferta
Nesta quinta, dia 5, podem dar-se bem as pessoas que procuram um lugar para viver em bairros mais afastados do centro do Rio, mas servidos de meios de transporte adequados. Dois leilões que serão realizados no mini auditório do Fórum do Castelo – Av. Erasmo Braga, 115 – oferecem a chance de adquirir pela metade do preço original (ou pouco mais que isso) um imóvel para morar. Gustavo Lourenço começa primeiro: às 14h30 vai ouvir os lances que forem dados por um apartamento situado na Rua Viana Drumond, 29/103, no distrito do Andaraí, dotado de sala, dois quartos, banheiro, cozinha e área de serviço, em prédio antigo, de quatro andares, sem entrada para veículos e sem elevador. Como o apartamento fica no térreo, prá que elevador?
Andréa Rosa Costa usará seu martelo às 15 horas, atenta para saber quem vai fazer a melhor oferta e arrematar o apartamento 407 do edifício que tem endereço na Rua Daniel Carneiro, 147, no Encantado. Com direito a uma vaga na garagem, este imóvel tem varanda, sala, dois quartos, banheiro e área de serviço. O prédio é exclusivamente residencial, oferecendo aos seus moradores os proveitos de play ground, salão de festas porteiro eletrônico e dois elevadores. O nome do bairro é um convite ao encantamento, não é mesmo?
Recordar é bom
Alegre contador de casos, amigo dos amigos e de festas, Sylvio Pinto não foi apenas um grande pintor, cuja obra o tempo vai valorizar como justamente merece, mas um cidadão carioca dos mais representativos. Pai de família exemplar, marido carinhoso de Esperança e avô dos mais dedicados, o Sylvio das marinhas, paisagens, flores, frutos, meninas, retirantes, santos, favelas e o mais que se encontra neste Rio que ele pintou de todas as maneiras, continua vivo por aqui. Pois sempre que aparece em leilão um ou mais de seus trabalhos, fica uma certa saudade no ar. Ponta da Areia, em Niterói, foi um dos temas recorrentes do artista, que andava por lá cercado de companheiros como Bustamante Sá, Waldyr Mattos e tantos outros. O quadro da foto pertence ao Acervo Universo/Unitri.
Ledy Gonzalez