A pizza queimou e está intragável. Se os

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senadores não se entendem na CPI do Cacciola, como os brasileiros receberão os resultados das investigações que ainda demorarão a ser apresentados? Desperdício de tempo e de dinheiro do contribuinte? O senador José Roberto Arruda já avisou que o ansiosamente aguardado relatório parcial só será concluído na próxima semana. Nesta, será apenas encaminhada uma minuta, ou seja a preliminar do relatório parcial, que será acrescido, nos próximos dias, das informações obtidas com o cruzamento de dados decorrente da quebra do sigilo bancário dos envolvidos nos casos Marka e FonteCindam. O vice presidente da CPI do italiano, no entanto, prevê que o relatório atestará apenas a impropriedade da ajuda do Banco Central aos bancos que quebraram na bandalheira do último verão, de vez que será difícil tipificar qualquer tipo de crime nessas operações.

Enquanto isso, o senador Eduardo Siqueira Campos revela que não ter encontrado informação significativa nos extratos das pessoas e das empresas que tiveram o sigilo bancário quebrado pela CPI dos Bancos. Siqueira Campos é o encarregado de coordenar o trabalho de cruzamento de dados obtidos por meio da quebra de sigilo bancário de pessoas e empresas relacionadas ao caso Marka/FonteCindam. O cruzador de dados, no entanto, garantiu que a comissão recebeu do Banco Central, há mais de dez dias, as informações sigilosas sobre Francisco Lopes e sua mulher Araci. Com isso, contradisse o senador João Alberto de Souza, que declarou publicamente que a comissão ainda não conseguiu quebrar o sigilo bancário do ex-presidente do Banco Central. Pouco depois, tentou consertar, afirmando que o relator se confundiu com a informação de que o BC ainda não remeteu as informações complementares, como os microfilmes dos cheques emitidos por Lopes com valor superior a R$ 10 mil.

Para culminar, no mesmo dia, o senador Bello Parga, presidente da CPI dos Bancos, confirmou que o Banco Central não encaminhou à Comissão as informações referentes à transferência de recursos para o exterior através das contas CC5. Pelo visto, é muita falta de assunto para tão poucos senadores. Se a CPI dos bancos tivesse sido conduzida no sentido de apurar as irregularidades cometidas no ataque especulativo ao real, conforme as denúncias do deputado Aloysio Mercadante, os “pilares da Nação não seriam abalados”, mas muita sujeira seria descoberta. E o importante é que a apuração de operações ilegais poderia possibilitar a recuperação de parte do dinheiro dos contribuintes.

Os analistas do Bozano, Simonsen projetam prejuízo de R$ 64 milhões para a Sabesp, neste exercício. Tal resultado será conseqüência da desvalorização cambial, pois as dívidas de curto prazo, em moeda estrangeira, totalizam US$ 543 milhões e existe uma série de bônus, no valor de US$ 275 milhões, vencida desde o final de março. Apesar disso, recomendam a compra das ações, por considerar que a estatal terá bons resultados a médio e longo prazo, além de ganhos de eficiência com a continuidade dos investimentos para ampliar sua capacidade de atendimento, redução de perdas e aumento da produtividade.

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Para justificar a negociação das ações da Sabesp abaixo do valor justo, os técnicos da instituição apresentam três fatores: a) a grande concentração de vencimentos de empréstimos em moeda estrangeira neste ano, sendo US$ 232 milhões até o final de julho; b) o adiantamento dos investimentos para o segundo semestre; e c) a falta de regras claras para a regulamentação do seu setor de atividade.

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