A transformação digital já não é mais um diferencial competitivo: tornou-se uma condição de sobrevivência. Nesse novo cenário, a inteligência artificial generativa traz uma nova forma de olhar, remodelando como empresas — desde startups até corporações globais — conduzem seus negócios. Sua força está na capacidade de aprender padrões complexos, criar soluções inovadoras e, sobretudo, democratizar o acesso à inovação.
Desde 2022, a ascensão dessa tecnologia mostrou ao mercado que não se trata de um modismo, mas de uma ferramenta de impacto real. Ao gerar conteúdos, ideias e estratégias a partir de grandes volumes de dados, a IA generativa abre caminho para ganhos de eficiência e produtividade em níveis que antes pareciam inalcançáveis. O resultado é visível: processos otimizados, equipes fortalecidas e operações mais ágeis.
Os números comprovam essa transformação. O estudo Global Tech Report 2024 revelou que 87% das organizações já aumentaram seus lucros ao incorporar a IA em seus processos. Apenas entre 2023 e 2024, o número de executivos que observaram impacto positivo direto na rentabilidade saltou 25%. Além disso, mais da metade das empresas pesquisadas relatou ganhos de pelo menos 11%. Não por acaso, 93% dos líderes já utilizam inteligência artificial ou análises preditivas para medir desempenho, um percentual que coloca o Brasil acima da média global.
O ponto mais relevante, no entanto, é a acessibilidade dessa tecnologia. A IA generativa não se restringe mais a laboratórios de grandes companhias de tecnologia. Hoje, pequenas e médias empresas conseguem implementar soluções que reduzem custos e ampliam sua eficiência, enquanto gigantes utilizam a mesma lógica para acelerar processos em escala mundial.
Essa “democratização da inovação” representa uma virada de chave: o crescimento não está mais condicionado ao tamanho da empresa, mas à capacidade de se adaptar. E, apesar da oportunidade, as empresas precisam trabalhar Gen AI com estratégia, para ser algo sustentável nas empresas, com times e equipes dedicadas e especializadas no tema.
O maior impacto, portanto, não é apenas tecnológico, mas estrutural. A IA deixa de ser um setor isolado e passa a ser motor da transformação em todos os ramos de atividade. Ela conecta inovação a crescimento, tornando o ambiente de negócios mais dinâmico, competitivo e inclusivo. Em outras palavras, quem souber incorporar a inteligência artificial não apenas se manterá relevante, mas conquistará espaço em um mercado cada vez mais nivelado pela inovação.
Vanessa Lindenblatt, economista e pós-graduada em Digital Business pelo MBA USP/Esalq
















