À sombra de Trump, empresas dos EUA dão giro de 180 graus

Empresas dos EUA se preparam para era Trump: McDonald’s exclui diversidade e Meta acaba com moderação

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Mark Zuckerberg
Mark Zuckerberg (Foto: Joiyce N. Boghosian/Casa Branca/DP)

Quatro anos após lançar um esforço por mais diversidade em suas fileiras, a rede de lanchonetes McDonald’s está encerrando algumas de suas práticas de diversidade nos EUA, citando uma decisão da Suprema Corte que proibiu a ação afirmativa em admissões em faculdades.

“O McDonald’s é a mais nova grande empresa a mudar suas táticas após a decisão de 2023 e uma reação conservadora contra programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI)”, informou a Associated Press sobre a mudança na segunda-feira. Walmart, John Deere, Harley-Davidson e outros desistiram de suas iniciativas DEI no ano passado.

Os recuos ganharam força após a eleição de Donald Trump. As empresas se preparam para o novo mandato, que começa em 20 de janeiro. A revisão de políticas de moderação de conteúdo anunciadas nesta terça-feira pela Meta também seguem esse movimento.

A empresa de Mark Zuckerberg avisou que reintroduziria conteúdo político no Facebook, Instagram e Threads para atender à demanda por conteúdo político. Além disso, retirará filtros que limitam a disseminação de fake news.

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A Meta alega que está garantindo a liberdade de expressão, mesmo argumento utilizado por Elon Musk à frente do X/Twitter, mas que na prática significa disseminação de conteúdo da direita, servindo aos interesses de poder de Musk.

O McDonald’s disse que aposentará metas específicas para atingir a diversidade em níveis de liderança sênior. Também pretende encerrar um programa que incentiva seus fornecedores a desenvolver treinamento em diversidade e aumentar o número de membros de grupos minoritários representados em suas próprias fileiras de liderança.

O McDonald’s também disse que pausará “pesquisas externas”. A gigante dos hambúrgueres não deu mais detalhes, mas várias outras empresas, incluindo Lowe’s e Ford Motor Co., suspenderam sua participação em uma pesquisa anual da Campanha pelos Direitos Humanos que mede a inclusão no local de trabalho de funcionários LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros etc.).

Com informações da Agência Xinhua

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