Atualmente, não é raro vermos escândalos financeiros estampando as manchetes — seja por uso indevido de cartões corporativos, rombos no caixa ou má gestão dos recursos. A ausência de um controle financeiro eficaz ainda é uma realidade em muitas empresas e instituições brasileiras, das mais tradicionais às esportivas. Embora possa parecer inofensiva à primeira vista, a negligência com as finanças compromete não apenas a saúde econômica, mas também a reputação das organizações.
Grande parte dos problemas tem origem nos processos rotineiros de gestão financeira, que muitas vezes ainda são executados com ferramentas ultrapassadas. É comum o uso de cadernos e planilhas manuais, o que dificulta o trabalho dos gestores, gera retrabalho e compromete a clareza das informações. Como resultado, a liderança perde a visão estratégica das finanças, ficando refém de dados fragmentados e imprecisos.
Para evitar o microgerenciamento e promover autonomia com responsabilidade, é fundamental eliminar os fatores que favorecem falhas, desperdícios e, em casos mais graves, desvios. Nesse cenário, as soluções tecnológicas assumem papel central. A automação e o acesso em tempo real às informações financeiras proporcionam organização, inteligência operacional e transparência. Isso fortalece a tomada de decisões estratégicas, impulsiona o crescimento sustentável e possibilita a identificação precoce de irregularidades.
Tecnologia: uma ferramenta preventiva aliada à governança
Já existem plataformas especializadas em gestão de despesas corporativas, integradas, que trazem uma nova capacidade de controle e transparência. Os próprios cartões corporativos inteligentes nunca estiveram tão em alta, oferecendo praticidade e agilidade para gastos institucionais.O panorama reforça que empresas que adotam softwares tecnológicos economizam até nove horas semanais na gestão de despesas e aumentam significativamente a eficiência dos times financeiros. Essas tecnologias ajudam a estabelecer fluxos de aprovação claros, com diferentes níveis de autorização para cada tipo de despesa.
Além disso, a centralização das informações em um único painel facilita o acompanhamento dos gastos por departamento, projeto ou centro de custo, enquanto a automatização de processos reduz a possibilidade de erros manuais e fraudes.ais do que adotar uma nova ferramenta, esse tipo de tecnologia traz uma abordagem proativa e baseada em dados, em que as instituições podem mitigar riscos e evitar problemas financeiros. A longo prazo, isso previne crises e fortalece a cultura de compliance.
Impactos em potencial
Dados do Budget Trends 2025 apontam que 52% das empresas projetam um aumento nos custos para este ano e cerca de 29% delas ainda não conseguem apurar gastos variáveis diretos com precisão. Os números reforçam que a digitalização da gestão financeira não é mais uma opção, mas uma necessidade.
A capacidade de antecipar cenários, controlar despesas e gerar relatórios detalhados é fundamental para que as organizações se mantenham competitivas e protegidas. Evitar escândalos e garantir a saúde das finanças está diretamente relacionado com a decisão de modernizar os processos de gestão de despesas.
A tecnologia não apenas simplifica rotinas, mas também protege patrimônios e reputações. Mais do que controlar melhor os gastos, estamos falando de promover uma cultura de responsabilidade financeira.
Stenyo Lago, CPO da Conta Simples