Levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima que o comércio eletrônico vai alcançar faturamento de R$ 205 bilhões em 2024, embora de acordo com pesquisa da E-commerce Radar, no Brasil o percentual de carrinhos abandonados no checkout chega a 82%.
Segundo o estudo, um dos setores de maior intenção de compra virtual neste primeiro trimestre – o de alimentos e bebidas – tem 59% das pessoas querendo adquirir itens do segmento e um índice de carrinhos abandonados de 72%.
Outro fator de grande preocupação por parte dos usuários é em relação à segurança de seus dados. O estudo Future Consumer Index (FCI), produzido pela EY, mostrou que 71% dos consumidores virtuais têm muito medo de fraudes e roubos de identidade. Enquanto isso, pesquisa da Signifyd realizada no Brasil apontou que para 60% dos brasileiros o risco de golpes e fraudes é o que mais gera preocupação na hora de comprar na internet e para 49%, o receio é de que seus dados pessoais sejam roubados.
Ainda segundo a pesquisa com 700 tomadores de decisões em e-commerce no México e no Brasil, 30% dos varejistas virtuais brasileiros declararam que uma de suas maiores preocupações continua sendo garantir uma experiência perfeita para o cliente. A grande novidade revelada pela pesquisa é a preocupação crescente em estender a experiência de compra perfeita a todas as etapas da jornada de compra online: 47% dos e-commerces estão focados em agilizar a confirmação de compras; 33% dos varejistas desejam reduzir os falsos positivos para aumentar a receita; e 32% das lojas online priorizam melhorar a experiência do cliente.
Novas opções de pagamento como o Pix são responsáveis pelo sucesso das compras pela internet, já que são fáceis de se utilizar, não cobram taxas do usuário e são bastante generosos com os varejistas. Só no último ano, de acordo com o Banco Central, ele movimentou R$ 17 trilhões, devendo atingir 35% de todas as transações do comércio eletrônico até 2026, segundo a Worldpay.
As carteiras digitais também são uma grande tendência, já que o usuário consegue pagar por meio do celular de forma muito conveniente e segura. Dados da Morning Consult apontam que o Brasil é o quarto país que mais usa essa opção no mundo.
Ainda segundo o estudo, outro ponto que afasta muitos consumidores do e-commerce e também contribui para o abandono dos carrinhos é a recusa no pagamento. Às vezes, por uma questão técnica ou algum erro no antifraude daquela companhia, um usuário idôneo tem sua transação bloqueada e fica incapacitado de finalizá-la. Assim, ele fica sem saída e acaba procurando o que deseja em um concorrente.
Já pesquisa da dLocal sinala que o Brasil continua na liderança global em crescimento do comércio eletrônico. O Manual indica que o e-commerce brasileiro terá uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 14.07% no período de análise (2023 até 2027), bem acima da média global de 11,6%. Junto com o México e a Argentina, as três grandes economias da América Latina estão no top 5 mundial (só perdendo para os EUA e a Índia). A DLocal estima que a chegada do Pix automático, projetada para outubro deste ano, dará um novo impulso à transição dos pagamentos com cartão ou boleto a métodos digitais.
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