O edital e o formulário de inscrição na primeira edição do Nave, programa de inovação aberta da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram publicados, nesta quarta-feira, no site da agência (https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/tecnologia-meio-ambiente/nave-1).
As startups interessadas em participar têm até 8 de novembro para se inscreverem no programa, lançado nos dias 23 e 24 de setembro, no IUP Innovation Connections, evento paralelo à ROG.e, realizada no Rio de Janeiro, RJ, no Parque Olímpico.
São R$ 28 milhões dedicados ao Nave, que apresenta 67 desafios tecnológicos do setor de energia. A lista completa de desafios está disponível no site e na página do NAVE afiliada ao perfil da ANP no LinkedIn.
Os recursos para o desenvolvimento do programa são aportados por empresas de energia, atendendo à cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) existente nos contratos para exploração e produção de petróleo e/ou gás natural no Brasil. A cláusula prevê a aplicação, em PD&I, de percentual da receita bruta de campos com grande produção de petróleo e/ou gás natural, segundo condições específicas de cada modalidade de contrato.
As oito empresas de energia participantes da primeira edição do Nave são: Petrogal Brasil, TotalEnergies, China National Petroleum Corporation (CNPC), Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras. O Nave está previsto na Resolução ANP nº 918/2023 e sua primeira edição tem a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) como entidade gestora administrativa e financeira, a partir de acordo de cooperação firmado com a ANP.
A etapa de seleção de projetos vai de 20 de novembro a meados de janeiro de 2025. Estima-se que a fase de contratação tenha início entre os meses de fevereiro/março de 2025 e o encerramento da primeira edição do programa deverá acontecer em maio de 2026.
Na terça-feira (24), durante o IUP, foram divulgados os 67 desafios previstos para a primeira edição do Programa, que serão enfrentados pelas startups que vierem a participar dessa iniciativa. Eles foram estabelecidos a partir de cinco macrotemas:
Exploração, produção, refino e descomissionamento – aumento da eficiência operacional e otimização de custos.
Segurança energética, armazenamento de energia e fontes alternativas – desenvolvimento de novos combustíveis low carbon, tecnologias híbridas e aumento na eficiência energética.
Transformação digital – uso da indústria 4.0, blockchain, IoT e IA para o aumento da eficiência de processos.
Impacto ESG na geração de energia e produção de combustíveis – impacto ambiental, social e governança.
Confiabilidade de sistemas, segurança operacional e proteção ambiental – segurança operacional, proteção da vida humana e do meio ambiente.