Abertura

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Mercados seguem positivos com melhora do sentimento econômico na Zona do Euro e
expectativas com dados nos EUA (9:30 e 11:00)

Visão Macroeconômica/principais mercados

Espaço Publicitáriocnseg

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ÁSIA
As ações japonesas subiram com força nesta terça-feira após uma reportagem ter informado que o primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, está avaliando um corte em impostos corporativos para conter o fardo do aumento planejado do imposto sobre vendas. O índice japonês Nikkei saltou 2,57% em pregão de baixo volume.
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EUROPA
A produção nas indústrias da Zona do Euro cresceu em linha com as expectativas em junho, em meio a um salto entre bens duráveis, reforçando as expectativas de que o bloco está a caminho de sair da recessão na segunda metade do ano. A produção industrial nos 17 países que usam o euro avançou 0,7% em junho ante maio.
A inflação ao consumidor na Alemanha para julho foi confirmada a uma taxa de 0,5% ante o mês anterior e de 1,9% na comparação com o ano anterior, informou a Agência de Estatísticas Federal nesta terça-feira.
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EUA
Na agenda de hoje tem o Import Prices e Business Inventories.
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BRASIL
Sem indicadores relevantes.
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PAINEL CORPORATIVO


(+) São Martinho (SMTO3): Os benefícios da escala
A partir deste exercício fiscal, a São Martinho S.A. passou a não consolidar proporcionalmente os resultados de suas investidas e com isso a comparabilidade dos números fica sob certo aspecto prejudicada, ainda que utilizemos parte dos dados pro forma para comparar.
A São Martinho reportou números operacionais fortes: (i) a moagem de cana-de-açúcar teve crescimento de 90% em relação à safra passada; (ii) crescimento da área estimada de colheita da ordem de 14%; (iii) aumento na produção de açúcar (67%), álcool anidro (161%) e álcool hidratado (100%); (iv) melhora no ATR em 97%.
Tudo isso permitiu aumento de volumes de vendas de 95% de etanol (cerca de 44% da receita) e 89% para açúcar (cerca de 46% da receita) e contribuiu para o crescimento de receita (+70%) ano contra ano. Tais volumes e preços melhores de etanol (+3%) compensaram a queda de 17% nos preços do açúcar.
Maiores volumes e maior utilização das capacidades produtivas, permitiram maior diluição de custos e margem melhor. O custo caixa do açúcar caiu 7% e do etanol 18%. O Ebitda Ajustado do totalizou R$ 211,6 milhões (margem Ebitda Ajustada de 42,8%),
representando um crescimento de 95,8% em relação ao 1T13. O açúcar representou 49% do Ebitda consolidado do Grupo, enquanto que o etanol e os outros produtos responderam por 47% e 4%, respectivamente.
O lucro líquido do 1T14 totalizou R$ 34,7 milhões, também influenciado positivamente por exposição líquida em dólar da companhia que colaborou para melhora no resultado financeiro.
O resultado do Grupo São Martinho se mostrou bastante forte e deve ser bem recebido pelo mercado. Em suma a recuperação da produtividade e expansão dos canaviais, e a condição climática mais favorável, quando comparamos com o mesmo período do ano anterior contribuiu para expansão de volumes, fator chave para o seu bom resultado. Outro ponto a destacar é que a São Martinho alcançou um nível de mecanização da colheita de 95% o que contribui para maior eficiência que resulta em mais margem.
Ainda que a margem Ebitda do açúcar tenha caído (-3,5 p.p) em relação ao 1T13, esta foi reflexo dos menores preços e dos maiores custos com frete (aumento do custo logístico em razão da forte competição para escoamento de outras commodities como milho e soja, por exemplo). Já em relação ao etanol, a margem se mostrou melhor, com um aumento de 17,4 p.p..
Chama atenção também o crescimento da venda de energia (+35%) a preços bons (R$ 177,2/MWh), ainda que hoje responda por apenas 2% da receita.
O resultado da São Martinho reflete sua qualidade operacional, que fica ainda mais evidente quando a empresa encontra condições minimamente favoráveis de mercado e safra. Não é a toa que a empresa apresenta a melhor margem Ebitda do setor. Apesar dos receios com custos logísticos e com a queda dos preços do açúcar, acreditamos que o ativo possa performar bem, repercutindo tal resultado.
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(+) Suzano (SUZB5): Nos trilhos dos ganhos de eficiência
A Suzano apresentou uma receita líquida estável neste 2T13. Apesar do incremento do preço líquido médio da celulose em +3,8% em Dólar e +9,6% em Real e do incremento de 7,1% no preço líquido médio em Real de papel, a redução de volume de vendas contrapôs e responde pela estabilidade de receita – o volume total de vendas de papel e celulose no teve redução de 5,7% em relação ao 2T12.
Mesmo com menores volumes vendidos, o maior volume produzido frente ao 2T12 (explicado pela diferença no calendário de paradas programadas) colaborou para um menor custo caixa de produção (queda de 2,3% ante o 2T12 e 6,1% ante o 1T13). O CPV total foi 6,6% inferior em relação ao 2T12.
A Suzano conseguiu driblar as maiores despesas com logística e o impacto de câmbio sobre algumas linhas, e reportou decréscimo nas despesas da ordem de 5,2%. Isso devido a redução na PDD de clientes, com os desencargos de folha, com a suspensão de projetos de expansão e com menores despesas corporativas. Com isso o Ebitda ajustado por itens não recorrentes alcançou R$ 408,1 milhões e margem sensivelmente melhor ao 2T12.
As variações monetárias e cambiais impactaram negativamente o resultado da companhia em R$ 538,6 milhões no trimestre, em função da variação da taxa de câmbio de 10,0% (R$ 2,01/US$ passando para R$ 2,22/US$), com impacto contábil negativo na marcação a mercado da parcela da dívida em moeda estrangeira, porém sem efeito caixa no curto prazo imediato. Com isso a Suzano registrou prejuízo líquido de R$ 247,5 milhões no 2T13 em comparação ao prejuízo líquido de R$ 264,3 milhões no 2T12.
Classificamos o resultado da Suzano como no aspecto operacional, ainda que o crescimento de top line tenha ficado aquém do esperado. Ainda assim, acreditamos numa reação positiva do mercado frente a este, especialmente pela margem Ebitda entregue ser 2,2 p.p. maior do que o mercado esperava.
A empresa vem passando por um processo de mudanças internas, com a busca pela eficiência, maior controle de custos e despesas, exclusão de projetos não-geradores de caixa. Tais medidas surtiram efeito já neste trimestre, com a redução de despesas gerais e administrativas (G&A) no acumulado do ano de 6% vs. 6M12, colaborando assim para incremento de margem, mesmo num cenário de estabilidade de receitas.
Ainda assim, preocupa o elevado nível de alavancagem que a companhia ainda apresenta (DL/Ebitda de 5,1x), frente à necessidade de investimentos na sua planta do Maranhão (só esse ano a empresa já investiu R$ 1 bilhão). A empresa iniciará agora a 2ª fase da gestão do endividamento para redução do custo e alongamento do prazo da dívida, o que pode trazer novidades positivas no médio prazo.
Apesar de acreditar numa reação positiva do mercado, não recomendamos exposição ao ativo, visto o seu endividamento, perfil cíclico de suas operações e múltiplos que precificam bem a empresa (EV/Ebitda 2013E de 10x).
(+) Even (EVEN3): Continua forte e descontada
A Even divulgou o resultado do segundo trimestre ontem, após o fechamento do mercado.
A Even mostrou forte desempenho no trimestre com alta produtividade, margens altas e execução eficiente. Os repasses são o destaque: no último trimestre comentamos que o desempenho de repasses para bancos deve melhorar nos primeiros 30 dias e neste trimestre a Even fez exatamente isso, com 49% repassados em 30 dias. Isso contribui para um leve cash burn no período de R$ 12 milhões. O estoque da empresa continua relativamente jovem, com somente 5% do estoque sendo unidades concluídas e mais 5% para ser concluída em 2013.
Vemos esses resultados como bem positivos e vemos a empresa como um investimento interessante.
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(+) BRFoods (BRFS3): Abílio Diniz chama ex-presidente do Pão de Açúcar para comandar BRF
O consultor Claudio Galeazzi deve ser o próximo presidente global da BRF. Ele será indicado para substituir o atual presidente-executivo, José Antônio do Prado Fay. A troca de cadeiras é a primeira mudança relevante promovida pelo empresário Abilio Diniz, que chegou à presidência do conselho da companhia em abril e também preside o conselho do Pão de Açúcar. O nome de Galeazzi será avaliado pelo conselho da BRF em reunião extraordinária hoje à noite e, se aprovado, pode ser anunciado ao mercado amanhã. Segundo apurado, Galeazzi chega à companhia por um período “não muito longo”, que pode variar de “dois a cinco anos”, com o objetivo de “formar lideranças” e colocar a empresa “no rumo certo”.
Notícia que soou positivamente no mercado e ajudou a impulsionar as ações de BRFoods. O consultor é conhecido por reestruturar companhias e promover significativos cortes de custo. Ele presidiu, por exemplo, Cecrisa, Lojas Americanas e Pão de Açúcar. Pessoas próximas à companhia relataram à reportagem que não é esperada uma “reviravolta” na BRF, mas pode haver algum enxugamento no setor de vendas. A área comercial hoje é dividida por marcas e deve passar a ser focada no cliente.
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(-) Varejo: Comércio tem o pior resultado dos últimos três anos nas vendas para o Dia dos Pais
O crescimento das vendas para o Dia dos Pais, comemorado no domingo, dia 11, foi o menor registrado nos últimos três anos, conforme dados da Serasa e SPC Brasil. No último final de semana, entre os dias 9 e 11 de agosto, houve um avanço de 3,4% nas vendas, na comparação com o mesmo período de 2012 (10 a 12 de agosto), de acordo com o indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Dia dos Pais 2013. Já as vendas realizadas na semana que antecedeu a data, de 5 a 11 de agosto, cresceram 3,3%, frente ao mesmo período de 2012. Tanto a elevação verificada na semana anterior ao Dia dos Pais quanto a do final de semana foram as menores em três anos. Na cidade de São Paulo, por sua vez, as vendas para o Dia dos Pais cresceram 3% na semana da data, e 2,3% no fim de semana. Para os economistas da Serasa Experian, o consumidor está mais cauteloso diante da perda do poder aquisitivo, da inflação e do aumento dos juros, fatos que o leva a priorizar o pagamento das dívidas e das renegociações assumidas. De olho no Dia das Crianças e no Natal, o consumidor endividado tem evitado novos parcelamentos.
Na semana que antecedeu o Dia dos Pais, as vendas a prazo registram alta de 3,78%, frente ao mesmo período do ano passado, o menor avanço dos últimos três anos. Nos anos anteriores, as expansões foram de 4,75% (2012); 6,86% (2011) e 10% (2010). O resultado leva em conta as vendas parceladas realizadas na semana que antecede o Dia dos Pais, entre 3 e 10 de agosto. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a retração no setor já era esperada pela maioria dos comerciantes.
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(=) BR Malls (BRML3): Resiliência nos números
A BR Malls divulgou seus números referentes ao 2T13, dos quais elencamos como destaque: No segundo trimestre de 2013, a receita líquida alcançou R$ 315,3 milhões, crescendo 18,6%. O Ebitda ajustado registrou R$ 250,3 milhões no trimestre, um aumento de 15,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda ajustado do trimestre foi de 79,4%. No 2T13 o lucro líquido ajustado alcançou R$ 122,6 milhões, 11,3% superior aos R$110,1 milhões registrados no 2T12.
Nesse trimestre o FFO totalizou R$ 187,1 milhões. O FFO ajustado alcançou R$ 125,1 milhões, 10,7% acima dos R$ 113,0 milhões registrados no 2T12. A variação cambial no 2T13 contribuiu para uma despesa financeira líquida, efeito não-caixa, de R$ 92,8 milhões que incidiram sobre o principal da dívida perpétua.
O aluguel mesmas lojas alcançou 8,3% enquanto as vendas mesmas lojas cresceram 6,2% no 2T13. O custo de ocupação dos lojistas foi de 10,5%, uma queda de 0,2 p.p comparado ao 2T12, sendo 6,5% referente a aluguel e 4,0% de condomínio e fundo de promoção.
A taxa de ocupação dos shoppings finalizou o trimestre com 97,7% da sua ABL locada, um aumento de 0,1 p.p comparado ao 2T12. Dos 51 shoppings que a companhia detém participação no 2T13, 23 apresentaram uma taxa de ocupação maior do que 99%.
Os números divulgados pela BR Malls agradam, demonstrando crescimento em suas principais linhas e superando o consenso de mercado, devendo repercutir de forma marginalmente positiva em suas ações. Os números da companhia refletem a desaceleração do varejo e o impacto dos protestos dos últimos meses.
A junção destes fatores foi crucial para a desaceleração do SSS. Em contrapartida, o SSR tornou a crescer a taxas superiores, contribuindo para a habitual resiliência no fluxo de caixa da companhia. Por fim, o FFO cresceu 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vemos BR Malls como uma potencial consolidadora do setor, e mesmo diante de um cenário de desaceleração achamos seu valuation atrativo. Considerando-se uma taxa de crescimento sustentável próxima a 15%, qual deveria ser o correto P/L da companhia? Julgamos que 18x para 2013 ainda não é o factível.
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(+) Qualicorp (QUAL3): Resultados saudáveis de uma empresa descontada
A Qualicorp divulgou o resultado do segundo trimestre ontem, após o fechamento do mercado. O portfólio de vidas continua crescendo; despesas ficam sob controle, com exceção de despesas comerciais; saídas continuam altas. Em geral, vemos os resultados como positivos, mas não excepcionais. A estrutura de custos está melhorando com o crescimento no portfólio, tornando a empresa mais atrativa. Fora isso, ainda vemos uma taxa de “churn” alta, ou seja, apesar de adições líquidas, a taxa de saída fica em alta. Vemos uma vulnerabilidade no modelo de negócios da empresa nos preços dos planos, pois uma alta no preço pode aumentar a taxa de saída ainda mais. É importante notar que a empresa tinha despesas extraordinários durante o trimestre em relação a integração de Aliança. Por isso, a margem líquida não reflete o desempenho saudável dela. No entanto, vemos os resultados como positivo, e, depois da queda de 25% desde fevereiro deste ano, as ações podem representar uma oportunidade interessante.
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A Hora do Gráfico/Índice Ibovespa/IBOV (gráfico diário)
Nesta segunda-feira, começamos o dia de maneira bem positiva, chegando a subir cerca de 3%, mas o mercado pesou durante o dia e acabamos fechando com alta de apenas 0,85%. A tendência é de alta, mas a longa sombra superior formada indica entrada de pressão vendedora e correção para os próximos dias.
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A Hora do Gráfico/Fique de Olho/Cosan – CSAN3
Se nessa terça-feira, depois das 16h, estivermos com um candle de força baixista (abertura no terço superior e último negócio no terço inferior do dia) rompendo o patamar de 41,32 poderemos ter boa oportunidade de venda pelo método Lauro-LeandroStormer.
Se nesta terça-feira, depois das 16h, estivermos com um candle de força baixista (abertura no terço superior e último negócio no terço inferior do dia) rompendo o patamar de 18,71, poderemos ter boa oportunidade de venda pelo método Lauro-LeandroStormer.
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Análise XP Investimentos
William Castro Alves, analista, CNPI

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