Abertura de empresas tem alta de 13,4% em novembro

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Sob nova direção (Foto: J.C.Cardoso)
Sob nova direção (Foto: J.C.Cardoso)

De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, foram criados 292.268 mil negócios no país em novembro de 2020, um avanço de 13,4%, na comparação com o mesmo recorte do ano anterior. Este aumento foi impulsionado principalmente pelas sociedades limitadas, negócios que são formados por dois ou mais empreendedores, que totalizaram 40,3 mil no mês analisado. O aumento dos empreendimentos desta natureza jurídica foi de quase 80%.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, mesmo que o nível de confiança financeira de empresários e consumidores não tenha sido integralmente restaurado aos níveos pré-pandemia, a abertura de um negócio continua sendo uma opção para aqueles que carecem de geração de renda. O salto das sociedades limitadas transparece esse fato.
“Muitas vezes, abrir uma empresa com alguém pode ser um incentivo, tanto moral como financeiro, por isso as sociedades limitadas vêm a calhar. Duas ou mais pessoas que perderam o emprego durante a crise econômica podem se juntar e começar a empreender, não só por vocação, mas por necessidade”.
O aumento na análise ano a ano também fez com que a representatividade das sociedades limitadas aumentasse cinco pontos percentuais, saindo de 8,8% em novembro do ano passado e atingindo 13,8% neste ano. Os MEIs, pelo grande volume de empresas já abertas na categoria, tiveram redução de 0,8 p.p. empresas individuais também tiveram queda, de 3,4 p.p.
Feita a análise por setor, o indicador revela no ano a ano que o comércio foi o segmento que mais cresceu (+27,2%) em novembro. Segundo Rabi, esse avanço pode ser justificado pela Black Friday e pelas festas de fim de ano, já que muitos empresários costumam enxergar essa época como uma boa oportunidade para iniciar e alavancar novos negócios. Indústrias tiveram alta de 15,8% e serviços apenas 8,5%, ainda que a área se destaque no percentual de representatividade. Ainda no mesmo recorte interanual todas as regiões apontaram crescimento. O destaque fica para Região Sul, que registrou alta de 18,3% na abertura de empresas. Em seguida estão Norte (14,0%), Centro-Oeste (13,9%), Sudeste (13,5%) e Nordeste (7,9%).
A Serasa também realizou um estudo para avaliar os impactos da pandemia nos negócios e os dados revelam que 90% dos pequenos e médios empreendimentos viram oportunidades no período. Entre as áreas de maior espaço para desenvolvimento citadas pelos participantes estão aprender novas modalidades de vendas e/ou prestação de serviços (38%), empreender e inovar (33%) e rever parcerias e fornecedores (33%).
Já quando se trata de fusões e aquisições no Brasil, o setor da saúde movimentou mais de US$ 1 bilhão em 2020. O mercado de saúde se prepara para um 2021 promissor em relação às negociações de fusões e aquisições. No último ano, a despeito da crise decorrente do avanço da Covid-19, o país registrou 60 M&As. Essas operações movimentaram US$ 1,088 bilhão. Em 2019, o setor realizou 73 negociações, que somaram o montante de US$ 1,641 bilhão. As informações são do levantamento realizado pela RGS Partners, boutique de M&As que atua em todas as fases destes processos.
“O movimento de consolidação do setor teve início em 2015, quando a legislação brasileira possibilitou investimentos de capital estrangeiro na assistência à saúde no país, o que injetou mais capital nas empresas, que saíram às compras”, comenta Renato Stuart, sócio da RGS Partners. “Percebemos um processo que ainda está em fase inicial, mas que possui um grande potencial de crescimento. Com o mercado bastante aquecido e muitos players atentos ao setor, 2021 tem tudo para superar o último ano”, diz.

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