Abertura de vagas de trabalho nos EUA sobem acima do esperado em maio

Número de abril, por sua vez, foi revisado para baixo: de 8,059 milhões para 7,919 milhões

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Desemprego nos EUA (Foto: Li Jianguo/Agência Xinhua)
Desemprego nos EUA (Foto: Li Jianguo/Agência Xinhua)

A abertura de postos de trabalho nos EUA aumentou para 8,140 milhões em maio, de acordo com o relatório Jolts, publicado hoje pelo Departamento do Trabalho do país.

O número de abril, por sua vez, foi revisado para baixo, de 8,059 milhões para 7,919 milhões.

“Contra as estimativas de 7,95m, o Jolts, que mensura as vagas de emprego em aberto nos EUA, cresce 221 mil no mês, alcançado o patamar de 8,14m. O ritmo de contratação de maio fica em 3,5%, contra 3,4% do mês anterior. Mesmo com os dados do PIB e inflação indicando alguma desaceleração nas últimas duas divulgações, o mercado de trabalho americano segue resiliente e deve continuar sendo objeto de bastante atenção por parte do Fed”, avalia José Alfaix, economista-chefe da Rio Bravo.

Já para Peterson Rizzo, especialista em Investimentos na Multiplike, os números vieram bem acima das expectativas, “o que significa sérias implicâncias para a economia americana, principalmente voltadas à política monetária, mais especificamente as taxas de juros, onde se tinha uma expectativa de redução a partir de setembro. Havia grandes chances em relação a essa redução, porém pode ser que esses dados impactem essa previsão.”

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“Esses números mais altos de vagas indicam que o mercado está mais robusto, e isso sugere que as empresas estão confiantes na economia e dispostas a expandir suas equipes, o que é um sinal positivo para o crescimento econômico contínuo. Mas também leva um aumento do consumo já que mais empregos e mais renda ficam disponíveis para os consumidores gastarem. Existe também, uma pressão ali sobre os próprios salários e esses aumentos salariais podem levar um aumento nos preços também à medida em que as empresas repassam os custos mais altos para os consumidores, e esse ciclo potencializa a própria inflação. Essa pressão inflacionária acaba sendo um fator chave que o Fed monitora justamente, para poder ajustar essa política monetária que são os próprios juros americanos. Então, num cenário de mercado mais aquecido, o que a gente está vendo, é que a taxa de juros acaba sendo fortemente impactada. O que pode se analisar é que com esse resultado é colocado de fato em cheque essa expectativa de redução de juros, dado ali a potencial persistência ou quem sabe até aumento da inflação. É claro que esse é um dado que não deve ser isolado, mas é um grande indicador de que de fato a economia americana continua bastante aquecida”.

O Jolts é considerado um importante indicador da saúde do mercado de trabalho dos EUA e, por extensão, da economia em geral. O mercado financeiro brasileiro é sensível aos movimentos dos mercados internacionais, especialmente dos EUA.

Para Graziela Ariosi, estrategista-chefe da Swiss Capital Invest, “os dados positivos do Jolts, que vieram bem acima do esperado, podem levar a um aumento na confiança dos investidores globais, resultando em fluxos de capital para mercados emergentes, incluindo a B3.”

Com informações da CNN

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