‘Abin Paralela’: PF indicia Ramagem, mas Bolsonaro fica de fora

Carlos Bolsonaro também é indiciado sobre uso ilegal da agência e manifestou-se nas redes sociais, alegando que a operação tem motivação política, de olho em 2026

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Jair Bolsonaro com as mãos cobrindo o rosto
Jair Bolsonaro (Foto: Lúcio Távora/Ag. Xinhua)

O ex-presidente Jair Bolsonaro não foi um dos indiciados pela Polícia Federal no caso da chamada “Abin Paralela”, ao contrário do que publicamos. Segundo o portal Uol, “a PF apontou indícios de autoria e materialidade de Jair Bolsonaro nos fatos, mas entendeu que ele já foi indiciado por organização criminosa no caso do golpe e, por isso, não poderia ser novamente indiciado neste caso. A Polícia Federal, entretanto, indiciou o vereador Carlos Bolsonaro, e o deputado federal Alexandre Ramagem (ambos do PL) no inquérito que investiga a atuação paralela da Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro. À época, Ramagem era o diretor-geral da Abin.”

Entre os indiciados também está a cúpula atual da Abin, que tem Luiz Fernando Corrêa como diretor-geral. Com isso, a PF concluiu e enviou ao Supremo Tribunal Federal o inquérito da chamada “Abin Paralela”.

O principal alvo da investigação é o uso da Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas durante o governo Bolsonaro.

De acordo com a PF, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos à Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para cumprir ações ilegais de espionagem.

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Durante a apuração, os investigadores da PF descobriram que foi realizada uma ação para obtenção de informações sigilosas de autoridades do Paraguai envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, operada pelos dois países.

Bolsonaro e Ramagem não comentaram o assunto, mas já negaram anteriormente a existência do esquema. Carlos Bolsonaro manifestou-se nas redes sociais e alegou que a operação da PF tem motivação política, visando às eleições de 2026.

A Abin afirmou que não vai se manifestar sobre os indiciamentos. Em abril, o diretor-geral da agência publicou uma nota em que dizia estar à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal.

Matéria atualizada às 10h30 do dia 18.06, para correção de dados sobre indiciamento

Com informações da Agência Brasil e do Uol Notícias

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