Abrainc aponta alta de 45,3% nas vendas de imóveis novos

Mais de 183 mil unidades foram comercializadas nos últimos 12 meses até maio de 2024

281
Imóveis (Foto: Aislan Loyola)
Imóveis (Foto: Aislan Loyola)

As vendas de novos imóveis registraram uma alta de 45,3% no acumulado de 12 meses, encerrados em maio de 2024. Ao todo, foram comercializadas 183.228 unidades no período, aponta o indicador Abrainc-Fipe. O estudo foi elaborado com dados de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) teve um aumento de 13% no volume de unidades comercializadas e de 32,6% no valor de vendas. O valor total lançado teve um acréscimo significativo de 14,4%, reforçando a retomada nos lançamentos para o segmento. Atualmente, a duração dos estoques está em 13 meses, comparada aos 24 meses registrados no início de 2023, indicando que os estoques voltaram a níveis saudáveis, permitindo o retorno de novos projetos.

As empresas que operam no segmento Minha Casa, Minha Vida apresentaram um aumento significativo tanto na quantidade de unidades vendidas (59,7%) quanto no valor total de vendas ao longo dos últimos doze meses (65,6%). Além disso, houve uma elevação expressiva de 30,7% no valor de venda dos lançamentos. O estudo lembra que as medidas do governo, como o FGTS Futuro, estão fortalecendo o mercado de habitação popular e ampliando o acesso à moradia para famílias de menor renda.

Apesar do bom desempenho no período, Luiz França, presidente da Abrainc, destaca que a aprovação da reforma tributária na Câmara trouxe novas preocupações ao mercado imobiliário.

Espaço Publicitáriocnseg

“Com a alíquota modal para incorporação fixada em 40%, há um risco de aumento significativo na carga tributária. Para mitigar esses efeitos, é necessário elevar o redutor para 60%, garantindo a competitividade do mercado e facilitando o acesso à moradia”, afirma. França alerta que o setor, responsável por mais de 2,9 milhões de empregos formais e 7% do PIB nacional, poderá enfrentar sérios desafios com a alta de 40% na carga tributária, impactando os custos de produção e os preços dos imóveis.

Atualmente, a relação distrato sobre venda no segmento de médio e alto padrão permanece em baixo patamar (11,4%). Quando a Lei dos Distratos foi sancionada, em 2018, essa relação era de cerca de 40%.

Já do Índice Fipe Zap, com base no comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades brasileiras, registrou aumento de 0,76% em julho de 2024. O resultado representou uma aceleração do índice em relação em junho (0,61%) e também a maior variação mensal do índice desde janeiro de 2014 (0,77%).

Até julho, o Índice Fipe Zap de Venda Residencial acumulou uma valorização de 4.34% no ano, resultado que se manteve acima da variação dos preços da economia segundo o IGP-M/FGV (1,71%), assim como da inflação ao consumidor de 2,79%, considerando os resultados do IPCA no ano até junho de 2024 e o IPCA-15 de julho de 2024. Destacam-se em relação a a alta nominal nos preços residenciais as cidades de Curitiba (11,71%); João Pessoa (9,12%); Salvador (8,81%); Goiânia (7,47%); São Luís (7,36%).

Incorporando os últimos resultados mensais, o Índice Fipe Zap registrou uma valorização acumulada de 6,53% em 12 meses, superando a variação do IGP-M/FGV (3,82%), bem como prévia da inflação ao consumidor, dada de forma provisória pelo comportamento do IPCA até junho de 2024 e do IPCA-15 em julho de 2024* (4,42%). Imóveis com um dormitório registraram valorização acima da média (6,50%), contrastando com a menor variação entre unidades com quatro ou mais dormitórios (5,58%).

E com base em informações da amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em julho de 2024, o preço médio calculado foi de R$ 9.082/m².

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui