Acordos salariais ficam sem reposição da inflação

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Greve (foto Sepe-Rio)
Greve (foto Sepe-Rio)

A maioria dos acordos salariais no primeiro semestre ficaram abaixo da inflação pelo INPC. A média no ano é de menos 0,80%. Há quase dois anos não se registra variação positiva mensal – a última vez que isso aconteceu foi em setembro de 2020, segundo levantamento do Dieese divulgado semana passada.

Os reajustes abaixo da inflação representaram 43,4% do total na primeira metade do ano. Os equivalentes ao INPC somam 35,2%. Os acordos com índice acima da inflação são apenas 21,4%.

Entre os setores de atividade, a indústria tem a maior quantidade de acordos acima da inflação: 26,8%, ante 20% nos serviços e 15,7% no comércio. Nesse último, predominam os índices iguais ao INPC (53,5%). Nos serviços, 50,9% ficam abaixo.

Muito do que os trabalhadores obtêm de reposição ocorre após mobilizações. Em 2021, foram 721 greves. Quase dois terços (65%) foram deflagradas por empregados da iniciativa privada, e a ampla maioria (90%) foi contra ataques aos direitos trabalhistas, segundo levantamento do Dieese.

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A maioria das greves (56%) foi encerrada no mesmo dia de sua deflagração. Apenas 13% foram de mais de 10 dias. Das 278 greves (39% do total) sobre as quais foi possível obter informações sobre o desfecho, 73% conquistaram o que os trabalhadores reivindicavam.

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