ACSP: Emprego e auxílio reaquecem varejo de São Paulo

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O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que o varejo da capital paulista fechou outubro com elevação média de 21,8% na comparação com setembro deste ano. Os números, obtidos pela Boa Vista S/A, consideram a movimentação no comércio no Dia das Crianças, que ajudou a incrementar as vendas nos segmentos de brinquedos e roupas – mesmo não sendo a principal data para consumo no calendário nacional – e, por fim, reduziu um pouco mais as perdas acumuladas em razão do fechamento do comércio pelo isolamento social.

Embora positiva, a curva econômica ascendente, como mostra o indicador, deve ser analisada sob o ponto de vista de recuperação. Para isso basta comparar outubro deste ano com outubro do ano passado para observar que a queda é de 9,2%.

De acordo com o economista da ACSP, Marcel Solimeo, há uma tendência de aumento gradativa no varejo da capital e que é explicada pelo consumo das famílias assistidas pelo auxilio emergencial e da flexibilização das medidas de isolamento com a reabertura segura dos estabelecimentos comerciais. “Tivemos uma primeira quinzena boa por causa do Dia das Crianças. O que observamos é uma melhora que vem se acentuando mês a mês na medida em que mais atividades voltam a funcionar”, comentou o economista da ACSP Marcel Solimeo.

Para Solimeo, fatores como o crescimento do emprego e o impacto do auxílio emergencial, ainda que o valor da parcela tenha sido reduzido, contribuíram para que os índices se mantivessem em elevação.

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Com pouco menos de 60 dias para encerrar o ano, o economista acredita que o ano deve fechar com recuperação. “Dezembro deve ficar nos mesmos níveis que em 2019. Em um cenário mais otimista, baseado na amostra da Boa Vista S/A, é possível que tenhamos uma leve alta na comparação dezembro com dezembro”, pontuou.

Segundo Solimeo, a derrubada da economia no município e seu retorno de crescimento gradativo podem ser contados em números. Ele afirma que basta que se comparem percentuais fechados do mês com o mesmo período de 2019, fora do contexto da Covid-19, e, logo após, com o período em que ocorreu o relaxamento do isolamento social. Em março, por exemplo, época em que as pessoas começaram a ficar em casa, registrou-se um recuo de 27% em relação aos 30 dias correspondentes do ano anterior.

Nos meses posteriores, segundo Solimeo, foi registrado balanço de -63,8% e -67% (abril e maio) também comparado ao período similar de 2019. O reaquecimento da economia começa a acontecer em seguida com -54,9%, -47,7%, -33,6% (junho, julho e agosto respectivamente) em setembro, -14,6% e em outubro -9,2%.

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