As ações da Traders Club (TRAD3) desabaram mais de 25% na tarde desta quinta-feira. Os papéis, que chegaram a ser cotados a R$ 7,21 na última terça-feira, operavam às 16h perto de R$ 5. O ataque contra o TC está relacionado a boatos de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o autorregulador do mercado (BSM) estariam investigando a empresa por práticas ilegais no mercado.
A notícia, dada pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, não foi confirmada pelas entidades. Em comunicado, a TC declarou que não recebeu notificação dos respectivos órgãos e tampouco foi contatada previamente pelo autor da informação para confirmações ou respostas. “A companhia reforça ainda que preza pela isonomia de informações e pelo cumprimento dos mais altos padrões de governança corporativa”, afirma o comunicado pulicado pela área Relações com Investidores (RI) da TC.
No início da semana começou a circular via WhatsApp um vídeo em que uma mulher com o rosto pintado de palhaça fazia sérias denúncias contra a companhia e afirma que a TC estaria sob investigação da CVM. “Não é uma acusação, são apenas reflexões. E sim, cabe explicação da Traders Club, companhia de capital aberto, e da CVM, Comissão de Valores Mobiliários, sobre todas elas”, diz a apresentadora.
Entre as práticas ilegais, ela cita três exemplos: manipulação na apresentação de resultados da companhia, manipulação de preços de ativos (prática denominada de spoofing) e a prática do front runner por parte dos sócios da TC (“quando postam uma dica, milhares de pessoas os imitam”). A apresentadora destaca que as provas serão mostradas em um segundo capítulo.
Procurado pela reportagem do Monitor, um dos sócios do TC, Rafael Ferri, declarou que as acusações são falsas, e que o que está ocorrendo é um ataque especulativo contra as ações. Não se conhece ainda a procedência do vídeo, nem a identidade da apresentadora. No mercado, boatos dão conta de que o conteúdo teria sido elaborado por uma casa de análise com posição vendida em TC.
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Caso essa acusação seja verdadeira. A empresa também terá que responder por falsa informação aos sócios. Já que ela afirma que não são verdades a informação. Correto?