De acordo com a Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), somente o comércio eletrônico e os serviços digitais precisarão desembolsar até R$ 5 bilhões para adaptar seus sistemas no sentido de cumprir uma das exigências da Reforma Tributária que é a divisão automática de pagamento de impostos no ato da compra, batizada de Split Payment. Este cenário representa uma oportunidade de aquecimento dos negócios para as fintechs que já estão conseguindo conquistar novos clientes e aumentar o faturamento com a oferta de soluções para facilitar essa jornada e reduzir o custo.
De acordo com documento publicado pela camara-e.net, o estudo feito em parceria com a consultoria GMattos, considerou os custos de desenvolvimento de novos sistemas, atualização de plataformas existentes, integração com órgãos governamentais e treinamento de pessoal. A projeção leva em conta o porte das empresas, o volume de transações e a complexidade dos sistemas de cada setor.
O CEO do EDAN FINANCE GROUP, Eduardo Sgobbi, explica que algumas fintechs já haviam desenvolvido soluções de Split Payment, antes mesmo da reforma tributária, com o objetivo de proteger seus clientes varejistas da chamada bitributação. Desta forma, segundo ele, o uso destas ferramentas permite uma redução significativa de tempo para implementação e do volume de investimentos. “O que faltaria, neste caso, seria a integração com os órgãos reguladores, mas até mesmo para esta conexão, a utilização de APIs permite uma adaptação menos custosa”, afirma.
Sgobbi informa que a EDANPAY, empresa de meios de pagamentos do EDAN FINANCE GROUP, já fornece o Split Payment para seus clientes desde 2021. Atualmente, mais de 20% da base de clientes da empresa, principalmente franqueadores e franquias, médicos, salões de beleza, advogados e muitos outros prestadores de serviços ou profissionais liberais que atuam em um mesmo ambiente e precisam segregar suas receitas já usam a solução, ressalta.
“Nossa meta para 2025 é atingir um volume mensal de R$ 100 milhões e cerca de 30% da base utilizando esta solução, ou seja, uma estimativa anual de R$ 360 milhões em operações com Split Payment. Com o lançamento de nossos novos fundos para baratear o custo financeiro da antecipação de recebíveis, existe uma tendência de um aumento significativo de clientes de varejo que adotarão a solução de Split Payment”, conclui.
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