Adeus carro novo? Reforma tributária endurece regras para PcD

Reforma tributária endurece regras para PcD, Honda e Nissan rompem fusão, Renault vira parceiro de Geely e GM lança elétrico Spark no Brasil

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carro adaptado pcd

A partir de 2026, a compra de veículos com isenções para pessoas com deficiência (PcD) se tornará mais difícil devido a uma nova lei que limita o benefício apenas a carros com adaptações externas, excluindo opções como direção elétrica ou transmissão automática.

Especialistas afirmam que mais de 95% dos consumidores PcD poderão perder essas isenções. A lei também afetará pais de crianças com deficiências, que, mesmo sem adaptações externas, não teriam mais acesso às isenções.

A mudança pode causar distorções, como excluir pessoas com amputações específicas do benefício. Um motorista que perdeu a perna esquerda e usa um carro automático não teria direito aos descontos, a menos que o veículo tenha alguma adaptação.

O advogado Marcelo Costa Censoni Filho contesta a constitucionalidade da nova lei, argumentando que ela trata produtos essenciais para PcD como supérfluos, impondo dificuldades financeiras a esse grupo. A discussão sobre essa questão deve ser levada ao Supremo Tribunal Federal.

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Além disso, se a demanda por veículos PcD cair devido às novas regulamentações, é provável que as versões adaptadas desapareçam do mercado. Os descontos das isenções representam uma redução significativa nos preços dos carros e, sem demanda, podem não fazer mais sentido.


Honda e Nissan: fim do namoro, mas continuam amigas

O namoro entre Honda e Nissan oficialmente chegou ao fim após um desacordo nas negociações que buscavam uma fusão.

As montadoras confirmaram o rompimento do memorando assinado em dezembro, após a proposta da Honda de transformar a Nissan em uma subsidiária, o que não agradou ao conselho da Nissan e foi considerado “inaceitável” pela Renault.

Apesar do rompimento, as marcas ainda pretendem colaborar no desenvolvimento de veículos elétricos e de carros inteligentes.

Nissan e honda

A Nissan enfrenta uma crise desde 2018, com uma queda significativa em seus lucros, e está elaborando um plano de reestruturação que exigirá o fechamento de fábricas e demissões. A Honda, em uma situação financeira mais favorável, via na Nissan uma parceira estratégica.

Além disso, a Nissan está considerando uma aliança com a gigante de tecnologia Foxconn, que tem interesse em desenvolver carros elétricos e pode ser uma alternativa em meio às dificuldades atuais.


Renault faz aliança para produzir eletrificados no Paraná

Enquanto alguns rompem, outros se juntam. A Renault firmou uma parceria com o grupo chinês Geely para colaborar na produção de veículos elétricos e híbridos no Brasil.

fabrica da Renault no Parana

O acordo visa fortalecer a fabricação e comercialização de automóveis eletrificados e inclui um investimento da Geely na Renault do Brasil, permitindo à montadora chinesa acessar a infraestrutura local.

As fábricas do Renault Group em São José dos Pinhais (PR) estarão dedicadas à produção de novos modelos a partir de 2026.

Entre os veículos cotados estão o SUV híbrido Geely Galaxy Starship 7 EM-i e o elétrico Galaxy E5, que competem com marcas como BYD e Tesla. Além disso, Renault e Geely já colaboram na joint venture Horse, que fabrica motores.

Geely Galaxy E5
Geely Galaxy E5

Com essa aliança, ambas as empresas buscam expandir sua presença no mercado automotivo brasileiro, que representa 44% das vendas na América Latina. A parceria aguarda a assinatura de contratos definitivos e aprovações regulatórias.


GM vai contra-atacar chineses elétricos com o Spark

A GM anunciou o lançamento do SUV elétrico Spark no Brasil em 2025, visando um preço mais acessível.

Chevrolet Spark EUV – foto Chevrolet
Baojun Yep Plus - Spark vendido na China -  foto Chevrolet
Baojun Yep Plus, Spark vendido na China – foto Chevrolet

O modelo, produzido na China, tem quase 4 metros de comprimento, motor elétrico de 102 cv e 18 kgfm de torque, alimentado por uma bateria de 42 kWh, com expectativa de autonomia de cerca de 250 km.

Para competir no mercado, o preço deverá ser inferior a R$ 200 mil, já que um BYD Dolphin custa R$ 160 mil.

O Spark será oferecido em uma versão sofisticada e faz parte de cinco lançamentos da GM em celebração ao seu centenário no Brasil, incluindo atualizações de outros modelos.

O elétrico “acessível” pode representar um novo começo após experiências anteriores com modelos que apresentaram vendas fracas e problemas de recall, como o Bolt EV, precocemente aposentado. As expectativas são altas para que o Spark impulsione as vendas de elétricos e possibilite a produção local de um modelo EV.

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