Afinal, o que o Brasil exporta para os EUA?

Commodities aparecem na frente dos produtos que o Brasil exporta para os EUA, mas aviões e similares têm forte presença

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Poços de petróleo nos EUA
Poços de petróleo nos EUA (foto de Nick Wagner, Xinhua)

O texto “Uma breve análise do comércio bilateral Brasil–EUA e a dependência dos estados brasileiros”, publicado pela Fipe, faz um levantamento do que o Brasil exporta para os EUA e o que importa de lá. O estudo é de autoria de Carlos Nathaniel Rocha Cavalcante, mestre em Teoria Econômica pela FEA-USP, e Rodrigo De Losso, professor titular da FEA-USP e pesquisador da Fipe.

Como é o padrão nas exportações brasileiras, commodities lideraram as vendas para os EUA em 2024. Óleos brutos de petróleo vem com folga na frente, com US$ 5,8 bilhões. Em seguida, produtos laminados de ferro ou aço (US$ 2,8 bilhões). Mas o terceiro grupo mais vendido foge do padrão: aeronaves e similares (US$ 2,3 bilhões). O quarto, também: microscópios e similares (US$ 1,9 bilhão). Óleos combustíveis fecha o top 5 com US$ 1,7 bilhão.

No setor siderúrgico, além dos laminados, aparece também ferro-gusa e ferro-esponja entre os 10 primeiros produtos que o Brasil exporta para os EUA. Esses produtos siderúrgicos, que passam a enfrentar fortes taxações impostas por Trump, movimentam US$ 4,2 bilhões.

No lado das importações com origem nos EUA, turbinas a gás (US$ 6,1 bilhões) vem bem à frente, mas em 2º lugar aparecem os óleos combustíveis (US$ 3,9 bilhões), e em 3º, gases de petróleo (US$ 2,2 bilhões). Em 6º vêm os óleos brutos (US$ 1,4 bilhão). Os dados parecem indicar (análise da coluna) chumbo trocado: óleo vai, combustível vem, combustível vai, óleo vem. Também chama atenção que aeronaves e similares aparece na 5ª posição das importações, com US$ 1,5 bilhão).

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Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que os EUA representaram, em 2024, 12% das exportações brasileiras e 15,5% das importações. Os números são expressivos, mas o impacto no Brasil apresenta diferenças entre os estados, como mostra o texto de Cavalcante e De Losso, e que veremos na próxima coluna.

Fim do xing-ling

O principal regulador de mercado da China informou recentemente que, até o final de 2024, a porcentagem de produtos fabricados internamente que atenderam aos padrões de qualidade aumentou constantemente.

Até o final do ano passado, 93,93% dos produtos de manufatura chineses atenderam aos padrões de qualidade do país, marcando um aumento de 0,28 ponto percentual em relação ao ano anterior, de acordo com a Administração Estatal para Regulação do Mercado.

Rápidas

A 12ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira (Semana Enef) será realizada de 12 a 18 de maio e terá como tema central “Educação Financeira para Crianças e Jovens: Preparando a Sociedade para Escolhas Conscientes”. O evento é organizado pelo Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF), composto por Susep, CVM e mais 6 entidades *** Carmen Alves lançará o livro Lágrimas do Sol (Helvetia Editions) no Salão do Livro de Genebra, de 19 a 23 de março. A obra conta a sua trajetória, que desde os 19 anos enfrenta os desafios de um câncer raro *** O executivo empreendedor, novo livro do engenheiro de dados Mozart Marin, será lançado em 22 de março, 18h, na Livraria da Vila, no Morumbi Shopping, SP.

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