O presidente queniano William Ruto, que também é o defensor das reformas institucionais da União Africana (UA), disse nesta segunda-feira que o conflito continua a negar o potencial da África, custando ao continente cerca de US$ 18 bilhões anualmente e deslocando milhões de pessoas.
Ruto disse que a África atualmente abriga 35 milhões de deslocados internos, 8,9 milhões de refugiados, 1,1 milhão de requerentes de asilo e 1 milhão de apátridas.
“Somente entre abril e junho de 2024, um total de mil incidentes de terrorismo foram registrados em toda a África, resultando em 4.818 mortes”, disse ele durante encontro do Bureau Estendido sobre Reformas Institucionais da UA realizado na capital queniana, Nairóbi.
O evento de um dia inteiro reuniu presidentes da Guiné-Bissau, Etiópia, Gana e Comores, bem como Moussa Faki, presidente da Comissão da UA, para acelerar as reformas da organização continental de 55 membros.
Ruto observou que a arquitetura de segurança da UA em sua configuração atual é incapaz de abordar as dinâmicas e desafios complexos do continente, e há uma necessidade urgente de revitalização imediata da arquitetura de paz e segurança.
Ele também disse que a presença do bloco pan-africano em pontos críticos regionais continua fraca, fragmentada e com poucos recursos.
O líder queniano acrescentou que as metas de desenvolvimento do continente estão sendo prejudicadas por forças desestabilizadoras, visto que a paz é a chave para o desenvolvimento.
Com Agência Xinhua
