A vacina contra o novo coronavírus da Moderna se tornou hoje a segunda a receber aprovação da agência reguladora de medicamentos da Europa, com as autoridades acelerando a disponibilização de doses com o objetivo de conter a pandemia em meio às preocupações com novas variantes do vírus.
Após o aval da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o passo final é a aprovação pela Comissão Europeia, o que deve acontecer rapidamente.
“Somente a vacina para a Covid-19 deve trazer recuperação aos mercados mais impactados com a pandemia”. É o que aponta a análise de Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, buscador de investimentos. Para o especialista, a chegada de uma imunização contra o coronavírus com eficácia comprovada e acessível à população é o principal sinal para que o mercado saia do período de instabilidade que marcou o ano de 2020.
“As empresas que sofreram muito por causa das quarentenas tendem a se destacar em 2021. Seis setores chamam a atenção: companhias aéreas, shoppings centers, turismo, shows e eventos, educação e bancos. Mas essas são apostas considerando um cenário de vacinação da população”, pontua. “Os bancos, por exemplo, ainda estão bastante pressionados por conta do crédito. Com a vacina, a qualidade do crédito tende a melhorar e o setor deverá emprestar mais, reduzir o provisionamento e as ações podem se valorizar”.
Bernardo destaca que há mercados que já subiram consideravelmente em 2020, revertendo a queda inicial do início da pandemia. É o caso das empresas varejistas e as de tecnologia, que não devem ter novas grandes valorizações em um cenário de vacinação. Entretanto, é importante que o mercado se atente não só às projeções, mas principalmente às medidas concretas.
“Há um otimismo exacerbado com as vacinas, mas ninguém sabe ao certo quando elas vão chegar e qual será a sua eficácia. Por isso, pode haver momentos de correção dos preços ao longo de 2021. E se houver dificuldades para a vacinação em todo o mundo, pode acontecer uma segunda ou terceira onda do coronavírus, principalmente depois das festas de final de ano. Infelizmente, ainda há a possibilidade de piorar muito antes do mercado melhorar”, pondera.
Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters
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