Os ruídos políticos internos sobre denúncias na compra de vacinas vão propagando novas ondas mecânicas que reverberam Brasil afora em meio a uma semana com liquidez reduzida frente ao feriado nos EUA no dia de hoje conjuntamente com o feriado em São Paulo na sexta-feira. Desse modo, é possível inferir que o noticiário político pode trazer certo desconforto aos investidores com os acontecimentos se desdobrando e indo em direção ao Palácio do Planalto – especialmente em um dia com baixa liquidez e com uma agenda de eventos arrefecida. Destaca-se que tal desconforto tende a pesar mais no mercado cambial, pressionando o real brasileiro. Por fim, ainda na esfera política, a reforma tributária segue no foco, cercada pela expectativa de votação das alterações no Imposto de Renda – fator este que pode limitar ganhos no índice Ibovespa.
As Bolsas europeias operam sem uma direção consolidada neste começo de semana. Investidores aguardam os índices de atividade de serviços (PMIs) em um dia caracterizado pela baixa liquidez no mercado global frente ao feriado nos EUA, significando, por conseguinte, um apetite por risco não tão agressivo. Em paralelo, verifica-se que os agentes de mercado acompanham a continuidade das discussões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados que, desde semana passada, estuda e elabora planos acerca da oferta da commodity para 2021 e 2022. Às 7h24, Londres subia 0,26%, Frankfurt caía 0,22% e a de Paris tinha alta de 0,02%. Por fim, do outro lado do globo, as Bolsas da Ásia encerraram a sessão em alta. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,44% e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,74%. O sul-coreano Kospi se valorizou 0,35% em Seul e o Taiex registrou ganho mais expressivo em Taiwan, de 1,18%. Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,64% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,59% em Hong Kong. Na Oceania, a Bolsa australiana terminou o pregão em alta marginal, com o S&P/ASX 200 avançando 0,09%.
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Pedro Molizani
Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank
