Agronegócio tem exportação recorde em abril

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As exportações do agronegócio brasileiro de abril atingiram valor recorde para os meses de abril, suplantando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões. O recorde anterior das vendas externas para os meses de abril ocorreu em abril de 2013, quando as exportações foram de US$ 9,65 bilhões. O valor de abril deste ano (US$ 10,22 bilhões) foi 25% superior aos de abril de 2019 (US$ 8,18 bilhões). O recorde foi obtido em função, principalmente, do incremento dos embarques da soja em grão que cresceram 73,4%, com 16,3 milhões de toneladas, ou quase 7 milhões de toneladas a mais nesse mês em relação ao do ano anterior. A China foi o principal mercado importador do produto brasileiro, com a compra de 11,79 milhões de toneladas ou 72,3% da quantidade total exportada. A receita das vendas da soja em grão,em abril deste ano, saltou de US$ 3,30 bilhões (abril/2019) para US$ 5,46 bilhões (abril/2020), crescimento de US$ 2,16 bilhões.

No contexto de crise internacional do Covid-19, houve forte crescimento da demanda por soja brasileira, com antecipação das exportações do produto, explica a nota daBalança Comercial do Agronegócio, elaborada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essa elevação aliada à redução da demanda pelos demais produtos da balança comercial (-27,1%) ajudou a aumentar a participação dos produtos do agronegócio no total exportado pelo Brasil. A participação do agronegócio nas exportações brasileiras no mês estudado atingiu o patamar recorde de 55,8%. Em abril de 2019, a participação do foi de 42,2%.

Por outro lado, as importações de produtos do agronegócio caíram de US$ 1,21 bilhão (abril/2019) para US$ 1,01 bilhão (abril/2020), recuo de 16,7%. No primeiro quadrimestre deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 31,40 bilhões, alta de 5,9% em relação ao mesmo período no ano anterior. O crescimento das exportações do setor resultou no aumento da quantidade embarcada, com aumento de 11,1%, enquanto o índice de preço sofreu redução de 4,7%. De acordo com a nota da SCRI, as vendas externas representaram o melhor resultado do acumulado entre janeiro e abril na série histórica e foram responsáveis por quase metade das exportações totais brasileiras (46,6%). As importações, por sua vez, alcançaram US$ 4,57 bilhões (- 4,5%). Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio foi superavitário em US$ 26,83 bilhões no período. As exportações de soja em grãos alcançaram recorde para a série histórica no quadrimestre tanto em valor (US$ 11,50 bilhões), quanto em quantidade (33,66 milhões de toneladas), apesar da queda de 4,2% no preço médio do produto.

A China foi responsável por 73,4% das aquisições do grão brasileiro no primeiro quadrimestre de 2020, com aumento de 26,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A carne bovina foi o principal produto entre as carnes no quadrimestre, sendo responsável por 45,3% do valor exportado. As vendas de carne bovina in natura registraram recorde histórico para o quadrimestre em valor (US$ 2,13 bilhões) e quantidade (469,76 mil toneladas). A China representou quase metade das exportações brasileiras do produto no período (49,6%), sendo o mercado que mais contribuiu para o crescimento de 26,5% em relação a 2019.

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Coronavírus: 70% das indústrias perdem

A pandemia de coronavírus atingiu as empresas industriais e trouxe dificuldades diversas para atravessarem este período de crise. Sete em cada dez empresas industriais citam a queda no faturamento entre os cinco principais impactos da covid-19, de acordo com a Sondagem Especial: Impacto da Covid-19 na Indústria, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A inadimplência e o cancelamento de pedidos foram apontados por 45% e 44% dos entrevistados respectivamente.

O segundo maior impacto da crise no dia-a-dia das empresas foi a queda na produção. Das 1.740 empresas pesquisadas, entre 1º e 14 de abril, 76% relataram que reduziram ou paralisaram a produção. De acordo com os dados, 59% dos empresários estão com dificuldades para cumprir com os pagamentos correntes e 55% relataram que o acesso a capital de giro ficou mais difícil. Entre as medidas tomadas em relação à mão de obra, 15% das empresas demitiram.

A pesquisa sinaliza como a indústria estará pós-pandemia. Nós já imaginávamos que o setor industrial sofreria bastante, pois já estava debilitado e iniciando sua recuperação, quando fomos pegos de surpresa por essa crise. Apesar disso, há um grande esforço para se manter os empregos, o que é muito importante, principalmente diante dessa nova realidade”, diz o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. “Mas o principal problema das empresas é o acesso ao crédito, os recursos não estão chegando na ponta.”

No total, 91% das indústrias brasileiras relataram impactos negativos até abril. Apenas 6% dos empresários responderam que a empresa não foi impactada e para outros 3% o impacto foi positivo. Entre os mais afetados, 26% dos empresários avaliam que o efeito da pandemia foi muito negativo, apontando três de intensidade em uma escala de 1 a 3.

 

Exportações de carne de frango em alta

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 1,365 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre de 2020, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado é 5,1% superior ao registrado no mesmo período de 2019, quando foram exportadas 1,299 milhão de toneladas.

Em receita cambial, o saldo total das vendas internacionais de carne de frango neste ano acumula elevação de 0,5%, com US$ 2,151 bilhões entre janeiro e abril de 2020, contra US$ 2,141 bilhões no ano anterior.

Considerando apenas o mês de abril, houve retração de 4,7% nas exportações do setor, com total de 343,3 mil toneladas em abril deste ano e 360,1 mil toneladas no ano anterior. Neste quadro, com total de US$ 515,9 milhões, o saldo das vendas de abril foi 13,9% menor que o obtido no quarto mês de 2019, com US$ 599,1 milhões.

Além da já esperada alta das vendas para a China, houve considerável aumento das exportações para destinos da África, Ásia e Oriente Médio. O setor está empenhado para manter o fluxo de exportações neste período de pandemia, fortalecendo seu apoio pela segurança alimentar das nações parceiras”, avalia Francisco Turra, presidente da ABPA.

 

Vendas externas de café cresceram 9%

O Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café no mês de abril, entre café verde, solúvel e torrado e moído, o que representa um aumento de 2,5% em relação ao volume exportado em abril de 2019. Em receita, os embarques totalizaram US$ 442,1 milhões, crescimento de 9% no mesmo comparativo. O preço médio da saca foi de US$ 132,02, alta de 6,4% na mesma comparação. Os dados são de relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta terça-feira (12).

De janeiro a abril, o Brasil exportou 13,3 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 27,2% nas exportações de café robusta (equivalente a um milhão de sacas) na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita de exportações no período foi de US$ 1,8 bilhão e o preço médio, US$ 134,82 a saca, um aumento de 4,2% no mesmo comparativo.

Para os países árabes, o Brasil vendeu 475 mil sacas de 60 quilos a US$ 54,8 milhões entre janeiro e abril, quedas de 17,9% em volume e de 20,5% em receita, no comparativo com o primeiro quadrimestre de 2019.

O principal destino de café brasileiro segue sendo os Estados Unidos, que importaram 2,7 milhões de sacas no primeiro quadrimestre. A Alemanha importou 2,4 milhões e a Itália, 1,2 milhão de sacas. Na sequência, estão Bélgica, Japão, Rússia, Turquia, Espanha, Canadá e França.

Entre os continentes e blocos se destacaram as exportações para os países da África, que registraram aumento de 40,2% em volume, com 268,6 mil sacas.

Apesar do cenário atual de pandemia, o Brasil registrou crescimento nos embarques para os principais mercados compradores, Europa e Estados Unidos, que juntos representam 77,5% das exportações, e ampliou as vendas de café para cinco novos destinos: República Democrática do Congo, Macau, Maurício, Ruanda e Uganda.

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