Agências podem cortar ratings da Marconi

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As agências de classificação de riscos alertaram sobre a possibilidade de corte nos ratings da Marconi Plc, fabricante de equipamentos de telecomunicações do Reino Unido, depois que a companhia divulgou um alerta de lucros e anunciou a demissão de 4 mil funcionários. A Standard & Poor”s colocou sob revisão o rating de crédito corporativo BBB+/A-2 e o rating de débito sênior BBB+ da companhia. A Moody”s Investors Service acompanhou o S&P e divulgou que talvez diminua o rating A3 atribuído a Marconi, depois do alerta de lucros e do anúncio da venda de sua unidade de sistemas médicos para a Philips Electronics NV, da Holanda. E informou que o preço de venda de US$ 1,1 bilhão foi menor do que o esperado, acrescentando que estava preocupada com a “habilidade da Marconi de alcançar uma substancial redução da dívida antecipada no rating A3”, devido à fragilidade das condições no setor de equipamentos de telecomunicações.

Enquanto isso, no Brasil
O que chama atenção no atual processo de globalização é que, neste ano, as agência de classificação internacional não estão se preocupando com a situação das empresas brasileiras, especialmente as que possuem ADRs negociados no mercado norte-americano. E isso num momento de extrema dificuldade. Algumas terão os resultados operacionais afetados com o racionamento de energia elétrica. Outras, os financeiros, pois a crise argentina provocou grande especulação no mercado cambial. Até o momento, ao que tudo indica, continua intacta a capacidade de pagamento dessas companhias e, consequentemente, não houve qualquer tipo de alteração por parte daqueles que concedem crédito.
O interessante é que no caso da Marconi foi citado como fator de redução no rating o anúncio da dispensa de 4 mil funcionários. Ora, até o momento, nunca se ouviu que tão desumana decisão foi motivo para afetar a imagem de uma empresa.

FHC nega improviso no aumento da oferta
Para Fernando Henrique Cardoso o aumento na oferta de usinas geradoras de energia não está sendo realizado sob improvisação, pois existiam usinas em construção, com finalização prevista entre 2001 e 2003, todas com direção e supervisão. E revelou que já existem 16 usinas prontas. Quantos aos investimentos até 2003, dará preferência de concessão às empresas que tiverem melhor possibilidade de se acoplar.
Porém, o presidente demonstrou desconhecimento em relação aos balanços das empresas recentemente privatizadas e que agora se encontram sob o comando de grupos estrangeiros. FHC defende que o modelo do setor elétrico seja baseado em investimentos do setor privado, que é mais competente, e citou como “sucessos” as privatizações com controle da telefonia, das ferrovias e da siderurgia, de vez que o setor público não dispõe de recursos para expansão e a oferta de serviços é mais ágil com a privatização. Ao que tudo indica, esqueceu ou não foi informado que os estrangeiros que adquiriram o controle das empresas dos demais setores investiram pouco, mas em compensação ganharam muito com os juros de capital e dividendos.

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