Alemanha assume Presidência da UE

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A Alemanha assumiu a Presidência do Conselho da União Europeia da Croácia pelos próximos seis meses, em um "momento difícil" marcado pela Covid-19, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, em um discurso ao Bundestag (Parlamento) em Berlim na quarta-feira.

"É claro que nossa Presidência será marcada pela pandemia de coronavírus, pelos esforços para contê-la e lidar com suas consequências", disse Merkel, enfatizando que o Conselho Europeu concordou que "são necessárias soluções especiais".

A pandemia "afeta a todos nós", disse Merkel ao apresentar o programa para a Presidência alemã da UE em junho.

Angela Merkel alertou que as posições dos estados membros da UE ainda eram "amplamente divergentes". Além da crise de Covid-19, o Conselho da UE está analisando vários desafios sérios, incluindo o Brexit, a imigração e a proteção do clima.

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Em seu discurso, Merkel enfatizou que havia outras questões além da crise do coronavírus. "Nos próximos seis meses, não queremos apenas avançar na gestão de crises, mas também trabalhar intensamente em como podemos moldar as principais questões de proteção climática, soberania digital e papel da Europa no futuro do mundo".

Já em maio, a Comissão Europeia propôs um pacote de ajuda de 750 bilhões de euros (US$ 844 bilhões) para a recuperação econômica da Europa após a crise do coronavírus. Nesse "momento decisivo", é preciso fazer investimentos "de maneira a beneficiar a próxima geração futura", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen.

Merkel disse que a ajuda econômica precisava garantir as oportunidades dos jovens e prometeu fazer campanha para que todos os jovens tivessem a oportunidade de encontrar trabalho. "É particularmente importante para mim que a recuperação econômica beneficie a todos e que não apenas asseguremos emprego e negócios, mas também e especialmente fortaleçamos a coesão social na Europa".

A Federação das Indústrias Alemãs (BDI) alertou na quarta-feira que as demandas de muitos Estados membros são tão altas que a Alemanha "dificilmente pode lhes fazer justiça". Os próximos seis meses podem se tornar um "pesadelo de negociação e votação diante de expectativas irreais", disse o presidente do BDI, Dieter Kempf.

No que diz respeito às futuras relações entre a UE e o Reino Unido, Merkel observou que o progresso nas negociações era "muito limitado, para dizer o mínimo".

Uma pesquisa recente realizada conjuntamente pela BDI e pela Deloitte mostrou que quase uma em cada três empresas alemãs esperava que o Reino Unido deixasse a UE sem um acordo negociado.

"Concordamos com a Grã-Bretanha em acelerar as negociações agora para chegar a um acordo no outono", disse Merkel. Ela enfatizou que "continuará lutando por uma boa solução", mas aconselhou a tomar precauções na UE e também na Alemanha, caso um acordo não fosse alcançado.

Com o prazo do Brexit se aproximando e o apelo internacional por ajuda financeira ficando mais alto à medida que as economias da Europa lutam com os efeitos da Covid-19, Merkel enfatizou que "somente com o apoio dos Parlamentos nacionais de todos os estados membros poderemos atender a estes grandes desafios".

 

Agência Xinhua

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