A França e a Alemanha cobraram da União Europeia (UE), nesta terça-feira, uma política industrial que permita às empresas do continente prosperar em nível global por meio da liderança tecnológica. Em declaração conjunta emitida pelos ministros da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, e de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck (foto), os dois países disseram que uma abordagem europeia para desafios como a Lei de Redução da Inflação dos Estados Unidos deve ser coordenada de perto.
Os dois ministros também reafirmaram sua determinação de “perseguir e se engajar em uma política industrial europeia ambiciosa, voltada para a competitividade e orientada para o futuro”, destinada a aumentar a soberania estratégica europeia.
Diante de aumentos sem precedentes no preço da energia, os ministros disseram que trabalhariam em conjunto para apoiar os setores econômicos mais vulneráveis. “Comprometemo-nos a coordenar e alinhar o nosso apoio às empresas mais atingidas pela crise energética, no quadro definido pela Comissão Europeia, a fim de evitar qualquer violação de condições equitativas no mercado interno”, afirmaram no comunicado.
A cooperação franco-alemã se concentrará em setores estratégicos importantes, como o hidrogênio, e no desenvolvimento de novas tecnologias de baterias de íon-lítio mais baratas, seguras e eficientes, de acordo com os dois ministros.
Os dois países também vão implementar compras conjuntas de gás por meio de contratos de longo prazo, para conseguir preços mais baixos para consumidores e indústria.
Muitas empresas alemãs ativas no setor manufatureiro reduziram o uso de gás natural recorrendo apenas a pequenas restrições à produção, disse o Instituto de Pesquisa Econômica ifo, citando uma pesquisa recente. No entanto, “isso se tornará mais difícil no futuro”, afirmou.
Nos últimos seis meses, 75% das empresas pesquisadas que usaram gás natural em seus processos de produção conseguiram reduzir o consumo de gás sem reduzir a produção, disse o think tank com sede em Munique.
Em relação aos próximos seis meses, 41,4% das empresas industriais disseram que “a única maneira de economizar mais gás é reduzir a produção”, segundo o Instituto ifo. Os números foram particularmente altos nas indústrias de vidro e cerâmica, farmacêutica e química.
Agência Xinhua
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