Alerj vota isenção de ICMS em compra de carros para taxista por tempo indeterminado

Legislação previa benefício até 2019, na Câmara dos Deputados, Comissão aprova projeto que cria estatuto da categoria

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Ponto de táxi na Cidade do Rio de Janeiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)
Ponto de táxi na Cidade do Rio de Janeiro (Foto: Fernando Frazão/ABr)

Motoristas de táxi podem voltar a ter isenção de ICMS na compra de fabricação nacional. O benefício era previsto para vigorar até 2019, de acordo com a Lei 2.398/95, e o projeto pretende torná-lo por tempo indeterminado. É o que prevê o Projeto de Lei 3.047/24, do deputado Dionísio Lins (PP), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota, em primeira discussão, nesta quinta-feira. Caso receba emendas, o projeto sairá de pauta.

“Apresentei esta proposta com a finalidade de atender a uma categoria que há tempos vem sangrando, os taxistas de nosso Rio de Janeiro. Ressalto a enorme preocupação em relação a urgência da aprovação deste projeto, visto que a lei findou a sua validade dia 31 de dezembro de 2019 e desde então, contando com os órgãos do Poder Executivo, a troca de veículos por parte destes profissionais tem se tornado um tormento”, explicou Lins.

Na Câmara dos Deputados, a Comissão de Cultura aprovou Projeto de Lei 4.605/20, que cria o Estatuto dos Taxistas. A proposta determina que, se a administração pública for contratar serviços de transporte para seus servidores, deverá optar pela prestação de serviço de táxi.

O texto prevê ainda que o Executivo firme parcerias com a iniciativa privada e entidades de classe representativas do setor turístico para treinar taxistas para recepção de turistas nacionais e estrangeiros.

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De acordo com a proposta, os taxistas serão responsáveis por prestar seus serviços com ética, respeito e qualidade; serão proibidos de colocar a segurança dos passageiros em risco ou expor sua privacidade; poderão recusar passageiros que apresentem características violentas; deverão ser incluídos nos grupos prioritários nas campanhas de vacinação do governo; e poderão estacionar em shoppings e hospitais para embarcar ou desembarcar passageiros sem pagar da taxa de estacionamento.

O relator, deputado Raimundo Santos (PSD-PA), apresentou parecer favorável ao projeto, mas retirou do texto original o dispositivo que tornava o serviço de táxi patrimônio cultural e artístico brasileiro.

“O reconhecimento oficial de determinado bem ou expressão como patrimônio imaterial, significa mais do que a mera atribuição de um título. Seu principal efeito é administrativo, na medida em que estabelece para o Iphan uma série de obrigações relativas à salvaguarda do bem registrado”, explica.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Administração e Serviço Público; Viação e Transportes; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informação da Agência Câmara de Notícias

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