Alerta de fraude: páginas falsas do WhatsApp Web usadas para hackear contas

Golpes envolvendo o mensageiro WhatsApp Web têm crescido e preocupado as autoridades nos últimos meses

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WhatsApp (Foto: Alfredo Rivera/Pixabay)
WhatsApp (Foto: Alfredo Rivera/Pixabay)

Golpes envolvendo o mensageiro WhatsApp têm crescido e preocupado as autoridades nos últimos meses. Segundo especialistas, estratégias como phishing e ofertas de empregos fraudulentas já vitimaram milhares de pessoas ao redor do globo, acarretando prejuízos que ultrapassam os 100 milhões de euros somente em 2023.

Diante desses episódios, as autoridades realçam a necessidade de que os usuários adotem medidas mais cautelosas em relação à sua segurança cibernética e que prestem atenção a detalhes clássicos desses crimes virtuais para evitarem cair nos mesmos golpes.

Golpes de phishing envolvendo o WhatsApp Web

Uma tática recorrente dos cibercriminosos tem sido a utilização de uma página falsa que se assemelha à plataforma oficial do WhatsApp Web. Com ela, os hackers conseguem convencer os usuários a clicar em links não confiáveis e involuntariamente comprometer suas contas. Em Singapura, a polícia afirma que já foram pelo menos 237 pessoas com o WhatsApp hackeado, resultando em mais de 600 mil dólares em perdas, apenas em novembro.

Uma vez que ganham controle das contas, os criminosos, então, exploram a confiança dos contatos da vítima, solicitando empréstimos ou doações sob falsos pretextos, sempre em tom de urgência, como emergências médicas ou graves dificuldades financeiras. Os contatos desavisados são, portanto, coagidos a transferir dinheiro para contas bancárias desconhecidas.

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Para escapar de tal armadilha digital, a polícia recomenda que as pessoas ativem o recurso de autenticação de dois fatores do WhatsApp e que usem apenas o site oficial da plataforma. Também é aconselhado evitar compartilhar códigos de verificação e conferir regularmente os dispositivos vinculados em suas contas para evitar possíveis ataques do tipo.

Fraudes com ofertas fajutas de emprego no WhatsApp

Outra espécie de fraude, igualmente difundida no WhatsApp, é a que tem como alvo pessoas que procuram um emprego na rede. Estima-se que esse golpe, que explora a vulnerabilidade de indivíduos que procuram ativamente oportunidades de trabalho, já extorquiu mais de 100 milhões de euros às vítimas em todo o mundo.

A estratégia dos cibercriminosos geralmente se inicia com o envio de ofertas de emprego altamente atrativas por meio do aplicativo de mensagens. Para dar credibilidade às mensagens, os golpistas utilizam o nome de empresas renomadas e respeitáveis, solicitando às vítimas a fornecimento de dados pessoais ou, em alguns casos, pagamentos antecipados para participar do processo seletivo.

Diante de promessas laborais sedutoras, que incluem bons salários, horários flexíveis e, muitas vezes, a opção de trabalho remoto, muitos usuários acabam caindo na armadilha, sofrendo perdas financeiras significativas e colocando em risco suas informações pessoais, como nome, endereço e credenciais bancárias – o que, por sua vez, pode resultar em complicações ainda mais graves no futuro.

O pior dessa situação é que, embora se espere que os órgãos reguladores e os bancos intervenham nesses casos de suspeita de fraude, muitos são os desafios que dificultam ou mesmo impedem a ação das autoridades. Não somente a falta de informação pública sobre tais golpes é escassa, mas também as barreiras linguísticas impõem, normalmente, limitações ao alcance da jurisdição nacional das vítimas.

Por isso, especialistas em cibersegurança são categóricos em afirmar que adotar uma postura consciente e cética é a melhor estratégia de defesa contra esses golpes. É imperativo, deste modo, que os usuários busquem conhecimento sobre cibersegurança, permaneçam vigilantes em sua vida cotidiana e questionem qualquer oferta que pareça ser boa demais para ser verdadeira. Sobretudo, é crucial exercer cautela ao compartilhar informações por meio do WhatsApp, especialmente quando a legitimidade do canal não é garantida.

Enquanto as autoridades não conseguem estabelecer medidas mais eficientes para coibir tais ocorrências, resta aos usuários tomarem as rédeas da situação e garantirem a sua própria segurança, assumindo acima de tudo uma atitude mais consciente e desconfiada. Ao se educarem sobre os tipos mais recentes de golpes e conferirem sempre a genuinidade das páginas e plataformas usadas, bem como de seus supostos interlocutores, seguramente, muitos problemas podem ser evitados.

Por Carlos Lima

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