Alimentação: despesa per capita era R$ 209 em 2017-2018

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Restaurante self service (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Restaurante self service (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

A análise por alimentação da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que a despesa per capita mensal no Brasil foi de R$ 209,12. A área urbana contribuiu com R$ 186,28 (89,1%), enquanto a área rural ficou com R$ 22,84 (10,9%). A região que mais contribuiu para a renda mensal por pessoa foi o Sudeste (45,7% da média ou R$ 95,47), quase o dobro do Nordeste (23,4% ou R$ 48,89). Segundo o IBGE, o grupo de faixa etária compreendida entre 25 e 49 anos de idade contribuía à época para o valor médio da despesa com alimentação com R$ 101,45, ou 48,5% da média.

A despesa per capita mensal foi maior entre as pessoas com carteira assinada (R$ 50,66), fora da força de trabalho (R$ 53,32) e por conta própria (R$ 42,58). Na composição da média da despesa per capita com alimentação, observa-se que a contribuição era 62,3% (R$ 130,18) na parcela da população formada por famílias cuja pessoa de referência era homem, enquanto famílias que tinham uma mulher como referência contribuíam com 37,7% (R$ 78,94).

A análise por diferentes arranjos familiares mostra que a parcela da população composta pelas famílias formadas por mais de um adulto com ao menos uma criança contribuiu com 35,5% (R$ 74,33) do valor da média per capita com a despesa de alimentação, enquanto a formada por mais de um adulto sem criança contribuiu com 33,1% (R$ 69,23).

A despesa mensal por indivíduo dentro do domicílio somou R$ 147,45, de acordo com a POF 2017-2018, divididos entre R$ 129,47 na área urbana e R$ 17,98 na área rural. A análise regional mostra que o Sudeste apresentou a maior despesa per capita mensal com alimentação dentro de casa, de R$ 66,32, com maior concentração na faixa etária de 25 a 49 anos de idade (R$ 67,89).

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A diferença do gasto per capita mensal é pequena entre famílias com pessoa de referência da cor branca (R$ 73,50) e de pretos e pardos (R$ 71,38), indica a pesquisa do IBGE. Entretanto, o gasto mensal por indivíduo é bem maior para famílias lideradas por homens (R$ 90,48) do que por mulheres (R$ 56,97). Por arranjos familiares, a despesa mensal por pessoa com alimentação no domicílio é maior para famílias com mais de um adulto com pelo menos uma criança (R$52,54) e com mais de um adulto sem criança (R$ 46,45).

Por outro lado, a despesa per capita mensal com alimentação fora de casa somou, no período analisado, R$ 61,68, dos quais R$ 56,81 na localização urbana e R$ 4,87 na área rural. De novo, destaque para o Sudeste do país, com contribuição de R$ 29,14. Predominou nesse tópico a faixa etária entre 25 e 49 anos de idade (R$ 33,57). A despesa mensal por pessoa com alimentação fora de casa foi maior para quem tinha ensino superior completo (R$ 20,79).

Por forma de aquisição, a maior contribuição para o gasto per capita mensal com alimentação fora do domicílio foi encontrada entre os empregados com carteira (R$ 16,91) e por conta própria (R$ 12,10). A pesquisa evidencia também que, no caso da média Brasil, a despesa per capita com alimentação no domicílio contribuía, à época, com 70,5% para a média, enquanto a alimentação fora do domicílio contribuía com 29,5%.

No Brasil, no período de referência da pesquisa, o percentual da população que vivia em domicílios identificados com o grau de segurança alimentar era de 59%, contra 41% que conviviam com algum grau de restrição para acesso a uma alimentação em quantidade e variedade desejadas. Com grau de insegurança alimentar leve foram identificados 27% dos domicílios. As casas onde a qualidade e a quantidade desejada em relação aos alimentos já estavam comprometidas alcançavam 13,9%.

Por localização geográfica, 52% da população brasileira viviam em áreas urbanas e em domicílios com o grau de segurança alimentar. Na área rural, esse percentual chegava a 7,1%. A POF apurou que o percentual da população que vivia em domicílios nos quais o padrão da alimentação foi considerado bom era 58,3%, contra 35,9% com avaliação satisfatória e 5,8% com avaliação ruim. Entre os 41% da população que residiam em domicílios com insegurança alimentar, 28,4% eram integrantes de famílias com a pessoa de referência preta ou parda e 12,1% de famílias cujo responsável era branco.

O IBGE constatou que o gasto médio per capita familiar com transportes no país foi de R$ 85,44, distribuídos 71,2% (R$ 60,81) em transporte particular, táxi e aplicativos; 20,6% (R$ 17,57) em transporte coletivo; e 8,3% (R$ 7,06) em transportes alternativos e outros. Nas famílias com pessoa de referência preta ou parda, a contribuição para despesa per capita com o transporte coletivo (R$ 10,30) foi maior do que a contribuição das famílias chefiadas por pessoa branca (R$ 7,01).

Por regiões, o maior gasto per capita com transportes foi observado no Sudeste (49%), contra o menor (5%) na Região Norte. A distribuição acumulada das despesas por pessoa com transportes mostra que 40% dos menores rendimentos foram responsáveis por 17,1% dos gastos, contra 10% dos mais ricos, que responderam por 27%.

Ainda segundo a pesquisa, 78% dos brasileiros viviam em famílias que utilizaram alguma forma de transporte coletivo, dos quais 35,7% viviam em famílias que declararam ter avaliação positiva, 20% avaliaram como satisfatório o transporte coletivo e 22,2% tiveram avaliação ruim.

 

Com informações da Agência Brasil

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