Alimentação fora do lar criou 7 mil novas vagas com carteira em julho

Nos últimos 12 meses, já foram mais de 88 mil vagas formais criadas por bares, restaurantes e similares

299
Garçom em restaurante (Foto: Wikipedia/CC)
Garçom em restaurante (Foto: Wikipedia/CC)

Segundo os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na última quarta-feira, o setor de bares e restaurantes registrou um saldo positivo de 7.545 novos postos de trabalho em julho. Com esse desempenho, o setor acumula 88.603 novas vagas formais entre julho de 2023 e julho deste ano, consolidando-se como um dos principais motores de criação de empregos no país.

Bares e restaurantes continuam sendo a principal porta de entrada para os jovens no mercado de trabalho. Em 2024, cerca de 29 mil contratações formais no setor foram de pessoas com idades entre 18 e 24 anos. O dado reflete a capacidade dos empreenderes de alimentação fora do lar em absorver esse tipo de mão de obra, oferecendo oportunidades de primeiro emprego e desenvolvimento profissional.

Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurante (Abrasel), apesar dos bons resultados, o setor ainda enfrenta desafios na contratação de mão de obra.

“Esses números refletem a resiliência e a capacidade de adaptação do setor de bares e restaurantes, que, apesar das dificuldades econômicas, continua a ser um dos principais motores de criação de empregos no país. No entanto, embora o salário médio do setor esteja em constante crescimento e cerca de 50% acima do salário mínimo vigente, ainda enfrentamos grandes dificuldades para encontrar mão de obra qualificada e pessoas interessadas nas vagas.”

Espaço Publicitáriocnseg

Segundo pesquisa da Abrasel, 29% dos empreendedores pretendem contratar mão de obra até o final do ano. No entanto, destes, 89% consideram difícil ou muito difícil encontrar mão de obra qualificada. Além disso, 25% dos empreendedores enfrentam o desafio de encontrar pessoas interessadas em preencher as vagas.

Já os dados da PNAD, divulgados na última sexta-feira pelo IBGE, indicaram que o salário médio do setor no trimestre maio/junho/julho de 2024, chegou aos R$ 2.115, um aumento de 5,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento, acima da inflação em 12 meses (que foi de 4,5%), indica uma das estratégias dos empresários para reter funcionários.

Ainda segundo a pesquisa da Abrasel sobre contratação de mão de obra, outras estratégias adotadas pelos empreendedores incluem premiação por desempenho, oferta de cursos e treinamentos e benefícios adicionais, como plano de saúde, vouchers e bolsas de estudo.

Para Renato Magalhães, diretor de estratégia da Catho, “com a taxa de desemprego no Brasil atingindo 6,8% em julho de 2024, segundo o IBGE, o menor nível já registrado para o mês; o mercado de trabalho brasileiro mostra sinais importantes de recuperação e resiliência. Este dado reflete um dinamismo na economia, impulsionada por fatores como o aumento no número de pessoas na força de trabalho e criação de vagas com carteira assinada. Para empresas, na captação de talentos qualificados, esse cenário exige agilidade; enquanto para os candidatos é um momento propício para buscar oportunidades mais alinhadas com suas aspirações e competências.”

Leia também:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui