A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira, que relata a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu, na semana passada, elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 5,25%, endossa ainda mais o comunicado de juros mais altos e para um nível contracionista. Isso aumenta o risco fiscal e é um recado importante para governo e Congresso nesse momento de elaboração do orçamento para 2022, analisa o economista João Beck, sócio da BRA, escritório credenciado da XP.
Ele avalia que os últimos dias foram marcados por um aumento do embate entre Executivo e Judiciário, mas, por ora, o mercado parece encarar apenas como ruído. “É algo esperado na aproximação de um ano eleitoral. No entanto, mesmo com instituições democráticas fortes, esse tipo de situação afasta o investidor estrangeiro e pressiona o dólar para cima”, lembra o economista.
Outro fator de pressão é um possível aumento na taxa básica de juros dos Estados Unidos, diante de dados positivos do emprego que mostraram um bom momento da economia norte-americana. Isso, se vier a ocorrer, se somaria ao nosso ruído político para alta do dólar, acredita o economista.
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