Alta dos preços paralisa vendas do comércio em outubro

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Lojas de rua no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rêgo/ABr)
Lojas de rua no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian não registrou variação (0%) em outubro na comparação com o mês anterior. Assim, o quadro do varejo nacional é de desaceleração uma vez que em setembro a alta mensal do índice havia sido de 0,3%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.

De acordo com o levantamento, as vendas do comércio físico estagnaram-se devido à alta dos preços em vários setores. O segmento de Veículos, Motos e Peças foi o que mais teve queda (-6%).

No setor de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas, pelo terceiro mês consecutivo houve baixa nas vendas (-0,9%). Combustíveis e Lubrificantes, que tem impactado o bolso dos brasileiros caiu -1% e Materiais de Construção (-1,8%). Na contramão, o segmento de Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática, teve alta de 1,8% e Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios mantiveram a média do mês anterior de 1,4%.

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Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o enfraquecimento das vendas do comércio se deu pelo aumento da inflação, com isso os consumidores estão tendo que cortar algumas despesas para priorizar outras que consideram mais importantes. “Os preços altos estão impactando o bolso dos brasileiros e por isso, há uma maior cautela na hora de ir às compras. Essa estagnação no índice de outubro é um reflexo do aumento sobre alimentos, bebidas, combustíveis e outros diversos itens relevantes. O segmento de Veículos, Motos e Peças, por exemplo, vem registrando aumento de custos e paralisação em algumas linhas de montagem de veículos novos por causa da escassez de alguns suprimentos, o que faz com que tanto os veículos novos como os usados sofram aumento de preços. Dessa forma, o consumidor sente a inconstância, restringe o consumo e, consequentemente, as vendas do comércio desaceleram”.

Na análise anual, em outubro deste ano o índice segue negativo (-1,1%), enquanto o mesmo mês de 2020 marcou tombo de -7,5%. Também no comparativo ano a ano, foi o setor de Combustíveis e Lubrificantes que obteve a maior queda, de -12,9% e no ano passado era de -3,3%. Ou seja, “a alta do combustível tem impactado fortemente o consumo dos brasileiros e vem caindo mês a mês”, finaliza Rabi.

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