Altos funcionários do Fed não poderão comprar títulos individuais

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Federal Reserve, Washington (Foto: divulgação)
Federal Reserve, Washington (Foto: divulgação)

O conselho do Federal Reserve System (Fed, banco central dos EUA) anunciou nesta quinta-feira um amplo conjunto de novas regras que proibirá a compra de títulos individuais, restringirá a negociação ativa e aumentará a pontualidade dos relatórios e divulgação pública pelos formuladores de políticas da entidade monetária e altos funcionários.

Todas essas regras é para frear o acesso às informações privilegiadas. O Conselho do Fed informou que as novas regras serão incorporadas nos próximos meses, sem precisar a data exata. Resumindo, os altos funcionários do Federal Reserve estarão limitados à compra de veículos de investimento diversificados, como fundos mútuos. As mudanças foram divulgadas no site do Fed.

As novas restrições se aplicarão aos formuladores de políticas do Reserve Bank e do Conselho e à equipe sênior e os proibirá de comprar ações individuais, manter investimentos em títulos individuais, manter investimentos em títulos de agências (direta ou indiretamente) ou entrar em derivativos. “As novas regras são amplas e foram projetadas para colocar as regras de investimento e comércio do Federal Reserve na vanguarda entre as principais agências federais”, frisou a entidades monetária.

Mais exigências

“Essas novas regras rígidas elevam o nível de exigência para garantir ao público que servimos que todos os nossos funcionários seniores mantenham um único foco na missão pública do Federal Reserve”, disse o presidente do Conselho do Federal Reserve, Jerome H. Powell.

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Para ajudar a evitar até mesmo a aparência de qualquer conflito de interesse no momento das decisões de investimento, os formuladores de políticas e a equipe sênior geralmente serão obrigados a fornecer um aviso prévio de 45 dias para compras e vendas de títulos, obter aprovação prévia para compras e vendas de títulos, e manter os investimentos em pelo menos um ano. Além disso, nenhuma compra ou venda será permitida durante períodos de maior estresse no mercado financeiro.

Os presidentes do Reserve Bank agora serão obrigados a divulgar publicamente as transações financeiras dentro de 30 dias, como os membros do Conselho e a equipe sênior fazem atualmente.

Inflação

Também nesta quinta-feira durante o Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras (Omfif, na sigla em inglês) o diretor do Fed, Christopher Waller, afirmou que os próximos meses serão cruciais para que a entidade monetária observe se a forte inflação nos Estados Unidos é, de fato, transitória, como a maioria dos dirigentes da entidade e analistas estimam.

Caso a alta nos preços provoque aumento das expectativas inflacionárias e, desta forma, se torne permanente, o Fed deve agir de forma “muito” mais agressiva e antes do que esperava, frisou Waller.

A inflação do país atingiu seu maior patamar em 13 anos. Em setembro os preços subiram a uma taxa anual de 5,4%, a maior em mais de uma década. Já está havendo escassez de alguns produtos devido a problemas nas cadeias de abastecimento globais e menos pessoas estão dispostas a entrar no mercado de trabalho. Na imprensa norte-americana um dos grandes debates econômicos é o da inflação.

Como acontece globalmente, a pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a economia dos EUA. A variante delta do coronavírus continua a se espalhar nos EUA, apesar do extenso programa de vacinação existente. Mais de 700 mil pessoas perderam a vida durante a pandemia nos EUA. A maioria dos que morreram nos últimos meses não havia sido vacinada.

“O primeiro grande desafio econômico é controlar a pandemia. E, para isso, temos que vacinar o maior número possível de pessoas”, diz David Wilcox, pesquisador do Peterson Institute for International Economics em Washington DC.

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