Alunos mais ricos ficam com maior parte dos gastos públicos em educação

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Escola Botswana (foto Xinhua)
Os alunos assistem a uma aula na Escola Primária Mmopane auxiliada pela China na vila de Mmopane, distrito de Kweneng, Botswana, em 21 de setembro de 2021.

Apenas 16% do financiamento da educação pública vai para os 20% mais pobres, enquanto 28% vai para os 20% mais ricos, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em um relatório publicado nesta terça-feira, destacando a desigualdade educacional global.

O relatório intitulado “Transformando a educação com financiamento equitativo” analisa os gastos dos governos desde a educação pré-primária até a educação superior em 102 países. “Estamos falhando com as crianças. Muitos sistemas educacionais em todo o mundo estão investindo menos nas crianças que mais precisam”, disse a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell.

A diferença é mais pronunciada entre os países de baixa renda, já que as crianças das famílias mais ricas se beneficiam de mais de seis vezes o valor do financiamento público da educação em comparação com os alunos mais pobres, segundo o relatório.

Em países de renda média como a Costa do Marfim e o Senegal, os alunos mais ricos recebem cerca de quatro vezes mais gastos públicos com educação do que os mais pobres. Em países de alta renda, os mais ricos geralmente se beneficiam de 1,1 a 1,6 vezes de gastos com educação pública do que os mais pobres.

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O Unicef apelou a um financiamento equitativo para combater a “pobreza de aprendizagem”. O relatório constatou que apenas um aumento de 1 ponto percentual na alocação de recursos de educação pública para o quintil (20%) mais pobre de alunos poderia potencialmente tirar 35 milhões de crianças em idade escolar primária da pobreza de aprendizagem.

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