A gigante do varejo Amazon corre o risco de ter problemas em uma das épocas mais fortes do comércio: da Black Friday à Cyber Monday (29 de novembro a 2 de dezembro). Trabalhadores em mais de 20 países devem protestar ou paralisar atividades no período.
A ação está prevista para ocorrer em grandes cidades nos EUA, Alemanha, Reino Unido, Turquia, Canadá, Índia e Japão, entre outros países. O Brasil está na lista.
O movimento é coordenado pela campanha Make Amazon Pay (Fazer a Amazon Pagar). Segundo o site: “Nós, trabalhadores, ativistas e cidadãos, nos levantaremos em todos os lugares nos dias de compras mais movimentados do ano para lutar contra a exploração dos trabalhadores, de nossas comunidades e do planeta pela Amazon.”
Segundo a Make Amazon Pay, o modelo de negócios da varejista online norte-americana espreme os trabalhadores, “enquanto triplica os lucros no início de 2024, a Amazon monitora e pressiona motoristas e trabalhadores de depósito sob risco de danos físicos e mentais graves”.
A campanha diz que as comunidades também são pressionadas: a Amazon “drenou US$ 2 bilhões de comunidades dos EUA para construir novos data centers, enquanto Jeff Bezos se mudou para Miami para economizar US$ 600 milhões em impostos.
Além disso, aperta o planeta: a Amazon planeja implantar 465 mil novos servidores de IA que consomem muita energia a cada ano, sendo que a maioria deles não será alimentada por eletricidade renovável, alega a Make Amazon Pay.
A campanha reúne mais de 80 organizações que trabalham em defesa da justiça trabalhista, tributária, climática, de dados e racial, e mais de 400 parlamentares e dezenas de milhares de apoiadores do mundo todo, segundo o site do movimento.
“Desde 2020, organizamos quatro dias globais de ação na Black Friday – cada vez aumentando nosso movimento planetário para impedir que a Amazon esprema trabalhadores, comunidades e o planeta. E em outubro de 2023, organizamos nossa primeira Cúpula para Fazer a Amazon Pagar em Manchester, Reino Unido.
A campanha Make Amazon Pay defende, além de remuneração justa e melhores condições de trabalho, o direito de os trabalhadores se filiarem a sindicatos.