Dados do MapBiomas apontam que, em 2022, o desmatamento no Brasil cresceu 22,3%, construindo um cenário desafiador para a preservação ambiental e a sustentabilidade dos recursos naturais. A Amazônia e o Cerrado respondem a 90,1% dos biomas atingidos, com 190.433 e 156.871 hectares desmatados, respectivamente.
A adoção da norma FSC Cadeia de Custódia, criada pela organização sem fins lucrativos Forest Stewardship Council, é uma ferramenta que demonstra aos consumidores que os produtos adquiridos são provenientes de florestas geridas com responsabilidade, respeitando a fauna, flora e os povos nativos locais.
“Isso significa que cada etapa do processo é cuidadosamente monitorada para garantir que o material provém de fontes sustentáveis e que respeita os direitos das comunidades locais e dos trabalhadores envolvidos”, explica Paulo Bertolini, diretor-geral da APCER Brasil, certificadora de origem portuguesa com atuação global.
O FSC reviu seus princípios e critérios, implementando o chamado Direito ao Consentimento Livre, Prévio e Informado (DCLPI), possibilitando que as comunidades indígenas e tradicionais que permitiram o manejo de suas terras por organizações, façam parte das decisões, podendo até retirar a concessão de manejo desses territórios.
“A implementação dessa norma não é uma exigência mercadológica, mas é uma questão de ética e honestidade com os consumidores, que estão sim cada vez mais exigentes com esse aspecto, porém estão apenas exercendo seu direito de saber o que estão adquirindo”, completa Bertolini.
Além da criação de normas, como a Cadeia de Custódia e o Manejo Florestal, o FSC trabalha para prevenir a participação em atividades ilegais e promove a rastreabilidade dos produtos florestais, ajudando a evitar a comercialização de madeira proveniente de fontes ilegais.
Para conquistar a certificação FSC, o primeiro passo é entrar em contato com um organismo certificador acreditado, que através de auditorias, avaliará se a organização cumpre os requisitos e, caso cumpram, o certificado é emitido – com validade de cinco anos, porém com manutenção anual para comprovar que as boas práticas estão sendo seguidas.
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