Um grupo formado por mais de 230 acionistas e ex-acionistas das Lojas Americanas ajuizou uma ação de produção antecipada de provas na Justiça do Rio de Janeiro com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da que é considerada a maior fraude corporativa já registrada no Brasil. A medida busca reunir documentos e evidências que possam subsidiar futuras ações de responsabilização civil contra as auditorias independentes e instituições financeiras que, segundo os investidores, podem ter contribuído para a manutenção de práticas contábeis irregulares e ocultação de dívidas bilionárias.
A ação judicial foi protocolada em meio às delações e investigações que vêm sendo conduzidas pela Polícia Federal, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela CPI instaurada na Câmara dos Deputados. As apurações têm revelado a possível participação de executivos e colaboradores de instituições financeiras em operações que resultaram na distorção significativa dos balanços da companhia.
Segundo informações constantes no processo, os autores buscam apurar a atuação das auditorias responsáveis pela certificação das demonstrações financeiras da empresa, destacando a relevância do papel desses agentes na garantia da fidedignidade das informações prestadas ao mercado. A ausência de transparência e a demora na divulgação de dados corretos são apontadas como falhas graves, com impacto direto no valor de mercado das ações e na confiança dos investidores.
De acordo com a petição, a fraude contábil gerou perdas patrimoniais a milhares de investidores, culminando com o pedido de recuperação judicial da empresa.
O processo tramita na 25ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, e seu desfecho poderá influenciar diretamente os desdobramentos jurídicos relacionados ao escândalo. Procurado, o escritório Mortari Bolico Advogados, responsável pela representação dos investidores, confirmou que, por ora, não irá se manifestar, mas reiterou sua confiança no esclarecimento dos fatos e no desfecho positivo aos clientes, autores da demanda.
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